Significado da violência física ocupacional para o trabalhador de enfermagem na dinâmica familiar e social
The meaning of physical violence at the workplace for nursing workers within family and social dynamics
Significado de la violencia física ocupacional para el trabajador de enfermería en la dinámica familiary social

Ciênc. cuid. saúde; 16 (2), 2017
Publication year: 2017

Neste estudo objetivou-se apreender o significado da violência física ocupacional para o trabalhador de enfermagem em sua dinâmica familiar e social. Pesquisa qualitativa, desenvolvida por meio de entrevistas individuais, com 16 trabalhadores de enfermagem de serviços de urgência e emergência de dois hospitais de média complexidade de uma cidade de grande porte do norte do Paraná. Utilizou-se a análise de conteúdo para organizar os dados e o Interacionismo Simbólico como referencial teórico. Os trabalhadores relataram sentir-se despreparados para enfrentar a agressividade da população e utilizam a reflexão para questionar sua realidade. A dinâmica familiar variou de acordo com o gênero, sendo que as mulheres relataram compartilhar as vivências de agressividade física com sua família. Em contrapartida, os homens evitam informar suas esposas e filhos sobre esses atos, pois, culturalmente, são considerados mais fortes e devem enfrentar essas situações sem a necessidade de compartilhá-las. Identificou-se também a forma como a cultura está enraizada na sociedade a ponto de interferir no processo de trabalho em saúde, pois, na visão do trabalhador, essa população o despreza e por isso o agride fisicamente. [AU]
This study aimed to understand the meaning of physical violence at the workplace for nursing workers in their family and social dynamics. Qualitative research developed through individual interviews, with 16 nurses from urgency and emergency services of two medium complexity hospitals in a large city in the north of Paraná. Content analysis was used to organize the data and the Symbolic Interactionism was used as a theoretical reference. The workers reported feeling unprepared to face the aggressiveness of the population and use the reflection to question their reality. Family dynamics varied according to gender; women reported sharing experiences of physical aggression with their families. In contrast, men avoid telling their wives and children about these acts because they are culturally considered stronger and must face these situations without the need to share them. The influence of culture in society was clearly evident and got to the point of interfering in the health work process, because, in the view of workers, the population despises them and, therefore, attacks them physically. [AU]
Este estudio tuvo el objetivo de comprender el significado de la violencia física ocupacional para el trabajador de enfermería en su dinámica familiar y social. Investigación cualitativa, desarrollada por medio de entrevistas individuales, con 16 trabajadores de enfermería de servicios de urgencias y emergencias de dos hospitales de media complexidad de una ciudad de gran tamaño del norte de Paraná-Brasil. Fue utilizado el análisis de contenido para organizar los datos y el Interaccionismo Simbólico como referencial teórico. Los trabajadores relataron sentirse sin preparación para enfrentar la agresividad de la población y utilizan la reflexión para cuestionar su realidad. La dinámica familiar varió de acuerdo con el género, siendo las mujeres las que relataron compartir las experiencias de agresividad física con su familia. Por otro lado, los hombres evitan informar a sus esposas e hijos sobre estos actos, pues, culturalmente, son considerados más fuertes y deben enfrentar estas situaciones sin la necesidad de compartirlas. Se identificó también la forma como la cultura está arraigada en la sociedad a punto de interferir en el proceso de trabajo en salud, pues, en la visión del trabajador, esta población lo desprecia y por ello lo agrede físicamente. [AU]