Análise da qualidade de vida em pacientes com estomia intestinal definitiva por câncer

Publication year: 2018

O aumento considerável de pessoas no mundo acometidas por câncer, associado ao prolongamento da vida, em decorrência das avançadas tecnologias utilizadas no tratamento, reforça a importância de se utilizar a qualidade de vida como uma medida importante dos tratamentos realizados. Apesar de haver inúmeras definições de qualidade de vida, não existe qualquer conceituação universal. No entanto, observa-se que para pessoas terem uma boa qualidade de vida, é importante que se sintam bem em vários aspectos, principalmente naqueles considerados essenciais em sua vida. Dessa forma, a qualidade de vida emerge como um instrumento de impacto na avaliação de doenças e agravos não transmissíveis (DANT), entre elas o câncer colorretal, principal responsável pela confecção de ostomia intestinal. Acredita-se que os pacientes com uma estomia definitiva por câncer tenham uma diminuição em sua qualidade de vida em função de todas as intercorrências e obstáculos que irão enfrentar advindas dos tratamentos, do uso de dispositivos coletores e mudanças drásticas no estilo de vida. Tem-se como objeto do estudo a investigação da qualidade de vida dos pacientes com estomia definitiva por câncer em um serviço de referência no estado do Rio de Janeiro, tendo como metodologia um estudo transversal, descritivo, exploratório com abordagem quantitativa através do instrumento WHOQOL-bref da OMS. O cenário foi o Pólo de Ostomizados em um município do estado do Rio de Janeiro.

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Antônio Pedro sob CAEE:

71086117.6.0000.5243.

Resultados:

Foram entrevistados 35 pacientes com estoma intestinal definitivo por câncer. De acordo com o perfil, a maioria era de homens, idade entre 60-69 anos, religião evangélica, estado civil casados, com renda familiar de 1-2 salários mínimos, aposentados por doença, tendo como nível educacional predominante o nível fundamental incompleto. Com relação aos scores de QV, o menor score foi do domínio global, seguido do domínio I – físico, enquanto o de maior score foi o domínio II - psicológico. O resultado da média de todos os domínios traduziu uma QV regular para 77,1% e 22,9% dos pacientes foi classificado como “precisa melhorar”.

Conclusão:

Observa-se com esse resultado a confirmação da hipótese de pesquisa, pois temos uma qualidade de vida inferior, já que as categorias são divididas em: precisa melhorar, regular, boa e muito boa. O domínio global está bem prejudicado, seguido do domínio I – físico que abrange os aspectos físicos como dor e desconforto, energia e fadiga, sono e repouso, mobilidade, atividades da vida cotidiana, dependência de medicações ou tratamentos e capacidade de trabalho. Esse estudo se assemelha a outros, bem como apresenta resultados divergentes de outros. Para tentar melhorar a qualidade de vida dessas pessoas tentou-se abranger algumas recomendações aos profissionais de saúde
The considerable increase in the number of people in the world affected by cancer, associated with the prolongation of their life extension due to the advanced technologies used in the disease’s treatment, reinforces the relevance of using quality of life as an important measure of the treatments performed. Although there are countless definitions of quality of life, there is no universal conceptualization of it. However, it is observed that in order for people to have a good quality of life, it is important that they feel well, as far as several aspects are concerned, especially those considered essential in their lives. Thus, the quality of life emerges as an instrument of impact in the evaluation of Non-Communicable diseases (NCDs), among which it is possible to identify colorectal cancer, the main cause of the need for intestinal ostomy. It is believed that patients with a definitive cancer stoma have a decrease in their quality of life due to all the complications and obstacles that they will face due to the treatments, the use of collecting devices and drastic changes in lifestyle. The objective of this study is to investigate the quality of life of patients with definitive oesophageal cancer in a referral service in the state of Rio de Janeiro, by making use of a cross-sectional, descriptive, exploratory study with a quantitative approach using the WHOQOL- bref. The scenario was the Ostomized Pole in a Municipality of the State of Rio de Janeiro.

The research was approved by the Research Ethics Committee of Hospital Universitário Antônio Pedro under CAEE:

71086117.6.0000.5243.

Results:

35 patients with definitive intestinal stoma due to cancer were interviewed. According to an analysis of their profiles, the majority were men, aged 60-69 years, evangelical Christian, married, with a family income of 1-2 minimum wages, retired due to illness, most of whom having not completed elementary level education. Regarding QOL scores, the lowest score was the global domain, followed by the I - physical domain, while the highest score was the II - psychological domain. The result of the mean of all domains translated a regular QOL to 77.1% and 22.9% of the patients was classified as "need improvement".

Conclusion:

It is observed with this result the confirmation of the research hypothesis. It was verified that we have a lower quality of life, through an analysis of categories divided into: needs to improve, regular, good and very good. The overall classification of our quality of life was low and it was followed by an analysis of its solely physical aspect, which encompasses pain and discomfort, energy and fatigue, sleep and rest, mobility, activities of daily living, dependence on medications or treatments, and work capacity. This study was influenced by others. However, it might yield divergent results from them. In order to try to improve the quality of life of these people, there was an attempt at sharing with them a few recommendations given by health professionals
El aumento considerable de personas en el mundo acometidas por cáncer, asociado a la prolongación de la vida, como consecuencia de las avanzadas tecnologías utilizadas en el tratamiento, refuerza la importancia de utilizar la calidad de vida como una medida importante de los tratamientos realizados. A pesar de haber innumerables definiciones de calidad de vida, no existe ninguna concepción universal. Sin embargo, se observa que para las personas tienen una buena calidad de vida, es importante que se sientan bien en varios aspectos, principalmente en aquellos considerados esenciales en su vida. De esta forma, la calidad de vida emerge como un instrumento de impacto en la evaluación de enfermedades y agravios no transmisibles (DANT), entre ellas el cáncer colorrectal, principal responsable por la confección de ostomía intestinal. Se cree que los pacientes con una estomia definitiva por cáncer tienen una disminución en su calidad de vida en función de todas las intercurrencias y obstáculos que enfrentarán los tratamientos, el uso de dispositivos colectores y cambios drásticos en el estilo de vida. Se tiene como objeto del estudio la investigación de la calidad de vida de los pacientes con estomía definitiva por cáncer en un servicio de referencia en el estado de Río de Janeiro, teniendo como metodología un estudio transversal, descriptivo, exploratorio con abordaje cuantitativo a través del instrumento WHOQOL- bref de la OMS. El escenario fue el Polo de Ostomizados en un Municipio del Estado de Río de Janeiro.

La investigación fue aprobada por el Comité de Ética en Investigación del Hospital Universitario Antônio Pedro bajo CAEE:

71086117.6.0000.5243.

Resultados:

Fueron entrevistados 35 pacientes con estoma intestinal definitiva por cáncer. De acuerdo con el perfil, la mayoría eran hombres, edad entre 60-69 años, religión evangélica, estado civil casados, con ingresos familiares de 1-2 salarios mínimos, jubilados por enfermedad, teniendo como nivel educativo predominante el nivel fundamental incompleto. Con respecto a las puntuaciones de QV, el menor score fue del dominio global, seguido del dominio I - físico, mientras que el de mayor score fue el dominio II - psicológico. El resultado de la media de todos los dominios tradujo una QV regular al 77,1% y el 22,9% de los pacientes fue clasificado como "necesita mejorar".

Conclusión:

Se observa con ese resultado la confirmación de la hipótesis de investigación, pues tenemos una calidad de vida inferior, ya que las categorías se dividen en: necesita mejorar, regular, buena y muy buena. El dominio global está muy perjudicado, seguido del dominio I - físico que abarca los aspectos físicos como dolor e incomodidad, energía y fatiga, sueño y reposo, movilidad, actividades de la vida cotidiana, dependencia de medicamentos o tratamientos y capacidad de trabajo. Este estudio se asemeja a otros, así como presenta resultados divergentes de otros. Para intentar mejorar la calidad de vida de esas personas se intentó abarcar algunas recomendaciones a los profesionales de la salud