O significado da ação educativa na consulta de enfermagem ao cliente renal crônico e seu cuidador: uma análise compreensiva

Publication year: 2012

Objetivou-se descrever as ações educativas desenvolvidas na Consulta de Enfermagem percebidas pelo cliente renal crônico em tratamento conservador e pelo seu cuidador; analisar compreensivamente as ações educativas desenvolvidas na consulta de enfermagem ao cliente renal crônico em tratamento conservador e para seu cuidador e compreender o significado das ações educativas desenvolvidas da consulta de enfermagem para o cliente com doença renal crônica em tratamento conservador e para seu cuidador. Estudo qualitativo, descritivo, norteado pelo referencial teórico da Fenomenologia Social de Alfred Schutz. O cenário foi um ambulatório de nefrologia de um hospital geral, de ensino, localizado no município do Rio de Janeiro. Participaram 24 indivíduos, dentre eles, 12 clientes renais crônicos, maiores de 18 anos, atendidos no programa de tratamento conservador de doença renal crônica, que estavam em qualquer estágio da doença renal; e seus 12 respectivos cuidadores, maiores de 18 anos, membros da família, ou qualquer indivíduo que sem remuneração, possui vínculo afetivo com o cliente, e que participa das consultas de enfermagem. Estudo submetido e aprovado pelos Comitês de Ética sob os números 1.045.709 e 1.067.955 em consonância com os critérios éticos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Saúde conforme Resolução 466/12. A coleta de dados ocorreu no período de novembro de 2015 a abril de 2016, por meio de entrevista não estruturada fenomenológica. Após a análise compreensiva dos depoimentos, permitiram a partir dos “motivo-porque” apreender o que se mostrou significativo, e o que permitiu construir a seguinte categoria: “Do desconhecimento a possibilidade de aprendizagem através das ações educativas na consulta de enfermagem”. Os “motivos – para” permitiram construir as categorias concretas do vivido: “Ir à consulta de enfermagem para obter aprendizagem”; “Buscar orientações para enfrentar as adversidades impostas pela doença”, e “Compartilhar saberes para o alcance da qualidade de vida”. Os depoimentos permitiram atentar para a necessidade de ações que reflitam na mudança de comportamento destes clientes, em sua maioria, em estágio avançado de DRC, ações estas que precisam ser apoiadas pelo contexto político de saúde, como também de ações individuais, que parta dos profissionais envolvidos no processo de cuidado em DRC. A mudança consiste em compreender, em olhar a configuração da DRC no mundo social, na troca e na reciprocidade de perspectivas. Com isso, a consulta de enfermagem se mostra como ação que deve ser pautada humanamente e socialmente, propondo-se medidas para que atores sociais consigam decidir com consciência sobre como se cuidar.(AU)