Rev. enferm. UFPI; 6 (3), 2017
Publication year: 2017
Objetivo:
identificar o impacto das demandas do indivíduo com transtorno mental para seus familiares, a partir da Reforma Psiquiátrica e da desinstitucionalização. Metodologia:
trata-se de um estudo qualitativo descritivo, realizado com sete familiares responsáveis pelos cuidados dos usuários com transtornos mentais, que frequentam o Centro de Atenção Psicossocial, tendo sido a coleta de dados realizada através de roteiro semiestruturado com questões norteadoras e os dados avaliados pela análise temática. Resultados:
dos depoimentos emergiram três categorias de análise: os primeiros sinais do transtorno; sobrecarga relacionada ao cuidado e estratégias de superação; e a importância do Centro de Atenção Psicossocial na vida dos familiares entrevistados. Entre as sobrecargas relatadas pelos entrevistados, estão a econômica, emocional e física, além de lidarem com o estigma social gerado pelo preconceito inserido na própria família. A maioria dos familiares citou a religião como estratégia no enfrentamento da doença. Conclusão:
identificou-se grande sobrecarga por parte dos familiares de pessoas com transtorno mental que, com a desinstitucionalização, se viram responsáveis pelos seus cuidados, poucos orientados sobre a doença e suas dificuldades. Dessa forma, deve-se investir na capacitação de profissionais em outros níveis de atenção à saúde e não restringir as orientações apenas aos Centros de Atenção Psicossocial.
Objective:
to identify the impact of the demands of the individual with mental disorder for their relatives, since the Psychiatric Reform and the deinstitutionalization. Methodology:
This is a qualitative descriptive study, carried out with seven family members responsible for the care of users with mental disorders, who frequent the centers of psychosocial attention and the data collection was colected through a semi-structured script with guiding questions and the data analyzed by the thematic analysis. Results:
three categories of analysis emerged from the reports: the first signs of the disorder; Care-related overload and coping strategies, and the importance of the Centers of Psychosocial Attention in the lives of family members interviewed. Among the overloads reported by the interviewers, are the economic, emotional and physical, as well as dealing with the social stigma generated by the prejudice within the family. Most of the relatives cited religion as a strategy of coping with the disease. Conclusion:
It was identified a great overload on the part of the relatives of people with mental disorder, who were responsible for their care after the deinstitutionalization, few oriented about the disease and its difficulties. Thus, it is necessary to invest in the training of professionals in other levels of health care and do not restrict the guidelines only to the Centers of Psychosocial Attention.
