Representações sociais de hepatites e profissionais de saúde: contribuições para um (re)pensar da formação

Ciênc. cuid. saúde; 7 (2), 2008
Publication year: 2008

A abordagem psico-social das hepatites virais é escassa na literatura. Este texto apresenta os resultados de uma investigação sobre as informações técnico-científicas de prevenção dessas afecções entre profissionais de saúde inscritos num curso de especialização em saúde pública, onde se utilizou a abordagem estrutural das representações sociais, realizando-se um teste de evocação livre com o termo “hepatite” e aplicando-se umquestionário sobre modos de transmissão e prevenção das hepatites virais. O conjunto de profissionais(N=190) era composto por 10 categorias profissionais; idade entre 22-60 anos (com média=33,6 anos); maioria era mulheres (80%); originárias da região Sudeste (35,3%), Nordeste (27,4%), Centro-Oeste (20,5%) e Norte (16,8%). A estrutura das representações sociais de hepatite mostra um sistema central constituído por “doença” e um sistema periféricopor “contágio”, “saneamento”, “sexo”, “tratamento”, “morte”, “cuidado”, “dieta”, “tipos”, “vigilância” e “repouso”. Constataram-se lacunas e incorreções sobre riscos de transmissão por água contaminada, promiscuidade sexual e transfusão sanguínea. Destaca-se a contradição entre teoria e prática, o que se depreende de um enfoque fragmentado na formação dos profissionais de saúde.
The psycho-social approach of viral hepatitis studies is scarce in the literature. This paper presents results of an investigation related to the scientific information of health professionals on the prevention of these diseases. Theprofessionals were enrolled in a Public Health specialization program. A structural approach of the socialrepresentations was used applying evocation tests with the word “hepatitis” and a questionnaire containing questions about the mechanisms of transmission and the prevention of viral hepatitis. Subjects (N=190) were from 10 professional categories; aged 22-60 years (mean=33.6 years); 80% were women; 35.3% from the Southeast of Brazil, 27.4% Northeast, 20.5% Center-West and 16.8% North.

Structure of the socialrepresentations of hepatitis:

central system consisting of “illness” and peripheral system of “contagion”,“sanitation”, “sex”, “treatment”, “death”, “care”, “diet”, “types”, “monitoring” and “rest”. Gaps and incorrectinformation were evidenced on risks of transmission for contaminated water, sexual promiscuity and bloodtransfusion. There is evidence of contradiction between theory and practice, inferred as a result of a fragmentary view in the education of health professionals.
El abordaje psicosocial de las hepatitis virales es escaso en la literatura. Este texto presenta los resultados de una investigación relacionada con las informaciones técnico-científicas sobre la prevención de esas afecciones entre profesionales de salud matriculados en un curso de especialización en salud pública, donde se utilizó un abordaje estructural de las representaciones sociales, realizándose un test de evocación libre con la palabra“hepatitis”, y un cuestionario sobre los mecanismos de transmisión y prevención de las hepatitis virales. Elconjunto de profesionales (N=190) era compuesto por 10 categorías profesionales; edad entre 22-60 años(promedio=33,6 años); el 80% eran mujeres; originarias de la región Sudeste (35,3%), Nordeste (27,4%), Centro-Oeste (20,5%) y Norte (16.8%). La estructura de las representaciones sociales de la hepatitis muestra un sistema central constituido por “enfermedad” y un sistema periférico por “contagio”, “saneamiento”, “sexo”, “tratamiento”, “muerte”, “cuidado”, “dieta”, “tipos”, “vigilancia” y “reposo”. Constataron fallas e informaciones incorrectas sobre riesgos de transmisión por agua contaminada, promiscuidad sexual y transfusión de sangre. Se destaca la contradicción entre teoría y práctica, que se desprende de un enfoque fragmentado en la formación de los profesionales de salud.