Mulheres vivendo com aids e os profissionais do Programa Saúde da Família: revelando o diagnóstico
Women living with aids and the family health program professionals: disclosing the diagnosis
Mujeres viviendo con sida y los profesionales del programa salud de la família: revelando el diagnóstico

Rev. Esc. Enferm. USP; 42 (3), 2008
Publication year: 2008

Trata-se de um estudo qualitativo realizado com mulheres infectadas pelo HIV/aids atendidas por um serviço especializado em DST/aids e matriculadas por uma equipe do Programa Saúde da Família. Teve como objetivo identificar quais as motivações para abrir a privacidade de suas informações para a equipe de PSF das mulheres soropositivas ao HIV/aids. Foi realizado por meio de entrevistas semi-estruturadas, analisadas com o referencial teórico da bioética. Verificou-se que as mulheres revelam o diagnóstico à equipe de PSF quando: o diagnóstico de soropositividade foi feito na unidade; sentem que são melhor atendidas por serem soropositivas ao HIV; têm vínculo como se fossem familiares; confiam; e sentem que não sentem pena.

E não revelam quando:

a atitude do profissional gerou medo e insegurança; acham que o PSF cuida de pessoas acamadas; não confiam por medo de quebra do sigilo; e já possuem toda assistência que precisam no SAE.
This qualitative study was carried out with women living with HIV/AIDS cared by a specialized STD/AIDS service and registered in a Family Health Program (FHP) unit. The purpose was to identify the motivations of women living with HIV/AIDS to provide private information to the FHP team. The study was performed using semi-structured interviews, analyzed with the bioethics theoretical framework.

It was verified that women disclose the diagnosis to the FHP team when:

the HIV/AIDS diagnosis was made in the unit; they feel there is better treatment for being HIV positive; they are bond as family members; there is trust; and women feel that they do not feel pity of them.

Women so not disclose when:

the professional's attitude produces fear and unreliability; they think that the FHP takes care of bedridden patients; they do not trust by fearing secret disclosure; and they already have all the care needed in the SCS.
Este es un estudio cualitativo realizado con mujeres infectadas con el VIH/SIDA atendidas por un servicio especializado en DST/SIDA y matriculadas por un equipo del Programa Salud de la Familia. Tuvo como objetivo identificar cuáles son las motivaciones de las mujeres seropositivas al VIH/SIDA para abrir la confidencialidad de sus informaciones al equipo del PSF. Se llevó a cabo por medio de entrevistas semi-estructuradas, analizadas con el referencial teórico de la bioética.

Se verificó que las mujeres revelan el diagnóstico al equipo del PSF cuando:

el diagnóstico de seropositividad se realizó en la unidad; sienten que son mejor atendidas por ser seropositivas al VIH; tienen vínculo como si fuesen familiares; confían; y manifiestan que no sienten pena.

Y no revelan cuando:

la actitud del profesional generó miedo e inseguridad; consideran que el PSF cuida a personas enfermas; no confían por miedo a la quiebra del sigilo; y ya poseen toda la asistencia que necesitan en el SAE.