Representações sociais de Agentes Comunitários de Saúde acerca do consumo de drogas
Social representations of community health agents regarding drug use
Representaciones sociales de agentes comunitarios de salud respecto del consumo de drogas

Rev. Esc. Enferm. USP; 44 (3), 2010
Publication year: 2010

Este artigo discute as representações sociais de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) acerca do consumo de drogas, como recorte de um estudo qualitativo de cunho etnográfico, cuja produção dos dados ocorreu no período de janeiro/2006 a janeiro/2007. Um conjunto de técnicas foi aplicado para profissionais que atuam numa Unidade Básica de Saúde de Salvador-BA, dentre eles 22 ACS. A Teoria das Representações Sociais foi adotada como eixo teórico, e gênero como categoria de análise. Os ACS reconhecem a proximidade e o envolvimento das mulheres com o fenômeno das drogas na comunidade onde moram e atuam, porém não adotam em seu trabalho nenhuma ação direcionada para tal problemática. As representações sociais apreendidas reproduzem estereótipos e preconceitos em relação às drogas e às pessoas usuárias de drogas, vinculadas, sobretudo, ao sexo e classe social, assinalando a invisibilidade do consumo de drogas como um problema de saúde para o grupo estudado.
This paper discusses on the social representations of community health agents (CHAs) about drug use as part of a qualitative, ethnographic study with data collected by means of a set of research techniques among health professionals including 22 CHAs in a basic health unit in Salvador, Bahia (Brazil) from January, 2006 to January, 2007. The Theory of Social Representations was adopted as the theoretical framework whereas gender was the chosen analytical category. CHAs were found to recognize the women's proximity and participation in the drug phenomenon in the community where they live and act, although they take no professional measures towards such an issue. Their social representations were shown to reproduce stereotypes and prejudices towards drug users and drug use, especially gender- and social class-related, while highlighting the invisibility of drug use as a health problem for the population under study.
Este artículo discute las representaciones sociales de Agentes Comunitarios de Salud (ACS) respecto del consumo de drogas, como elemento integrante de un estudio cualitativo, de cuño etnográfico, cuyos datos fueron recogidos en el período de enero 2006 - enero 2007. Se aplicó un conjunto de técnicas en profesionales con actuación en una Unidad Básica de Salud de Salvador, BA, Brasil, de los cuales 22 eran ACS. La Teoría de las Representaciones Sociales fue adoptada como eje teórico y el género como categoría de análisis. Los ACS reconocen la proximidad y el grado de compromiso de las mujeres con el fenómeno de las drogas en la comunidad en donde viven y actúan; no obstante no adopten en su trabajo ninguna acción direccionada hacia tal problemática. Las representaciones sociales aprehendidas reproducen estereotipos y preconceptos en relación a las drogas y a las personas usuarias vinculadas, sobre todo al sexo y clase social y señalan la invisibilidad del consumo de drogas como un problema de salud para el grupo estudiado.