Biblioteca Virtual en Salud Enfermería

A hemodiálise vem gradativamente ampliando seu espaço enquanto uma modalidade terapêutica para pacientes com problemas renais crônicos. Constitui-se em um procedimento de alto custo/complexidade que consome significativo aporte de recursos financeiros do sistema de saúde. O presente estudo estimou a sobrevida de pacientes submetidos à hemodiálise, no período de 1997 a 2000, no Município de Ribeirão Preto -SP; com base nas probabilidades de sobrevivência estimou também, os gastos referidos às sessões de hemodiálise, para pacientes que iniciem o tratamento. A população estudada foi composta por pacientes que iniciaram o programa de hemodiálise, no período de estudo, nos quatro serviços de Terapia Renal Substitutiva conveniados com a Secretaria de Saúde do Município. Os dados foram coletados de fonte secundária, o Censo Mensal de Unidades de Diálise, preenchido pelos serviços de Terapia Renal Substitutiva e monitorado pela Divisão de Avaliação, Controle e Auditoria. Utilizamos a técnica de Tábua de Vida de Seguimento, considerando as variáveis sexo e grupo etário. Foram acompanhados 438 pacientes, sendo que 256 (58,4%) eram homens e 182 (41,6%) mulheres. Em relação à idade dos pacientes no início do tratamento, esta apresentou grande variabilidade, sendo de 16 anos a idade mínima e 91 anos a idade máxima. O grupo etário de 19 a 59 anos é o que concentra o maior de pacientes. O tempo de permanência em tratamento variou de um dia, como tempo mínimo, a 1456 dias, como tempo máximo; com tempo mediano de 357 dias, aproximadamente um ano. A causa de saída do tratamento mais freqüente foi o óbito, em decorrência de problemas cardiovasculares (33,7%), neoplasias (22,6%) e infecções (19,1%). Após um ano de início de tratamento, o grupo estudado apresentou uma probabilidade de sobreviver de 85,5%; após o segundo ano, de aproximadamente, 74%; ao final do terceiro ano, de 67,7% e após quatro anos, cerca de 60% continuavam vivos....