Amália nasceu em 1918 na fazenda de café de seus pais, Pedro Corrêa de Carvalho (1886-1956) e Elza Morandini de Carvalho (1893-1989), na cidade de Ribeirão Preto, interior do Estado de São Paulo, Brasil. Foi a quarta dos oito filhos do casal. Cursou o ensino médio na Escola Santa Úrsula, onde formou-se professora primária de escola rural em 1935, aos 17 anos. Formou-se em biblioteconomia na Escola de Sociologia e Política, em 1943. Antes de terminar este curso, ainda em 1943, ingressou na primeira turma do Curso de Enfermeiras da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP), na qual se graduou em 1946. Durante o curso de graduação contribuiu para a criação do Centro Acadêmico, tornando-se a sua primeira presidente. Assim que formou-se, foi convidada a integrar o corpo docente do Curso de Enfermagem da sua escola. Contemplada com uma bolsa de estudos da Fundação Kellog, no período de 1948-1950, tornou-se Bacharel em Educação de Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade de Boston, nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, Amália passou a ministrar a disciplina “Introdução à Enfermagem”, atividade para a qual se preparou cursando Química Aplicada no Instituto Mackenzie. No ano de 1947, Amália fez parte de uma comissão que elaborava o novo regimento interno da ABEn, aprovado em novembro deste mesmo ano. Em 1956, matriculou-se no Teachers College, Universidade Columbia, Nova York, onde obteve o grau de Master of Arts. De 1956 a 1959 presidiu a Comissão de Estatuto e Regimento Interno da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn). Com a criação do curso de pós-graduação em Enfermagem da USP, em 1959, tornou-se responsável pela área de Pedagogia e Didática aplicada à Enfermagem. Em 1960, Amália representou a ABEn no Centenário de Criação da 1o Escola de Enfermagem por Florence Nightingale, no Hospital St. Thomas, em Londres, ocasião em que a Rainha da Inglaterra esteve presente. Em 6 e 7 julho de 1962, Amália fez parte de uma Comissão cuja finalidade era elaborar um currículo mínimo do Curso de Enfermagem a ser encaminhado ao Conselho Federal de Educação e estabelecer normas e critérios que disciplinassem a expansão do ensino superior nessa especialidade no país. Ainda em julho do mesmo ano, em Buenos Aires, Amália participou do VII Congresso Mundial de Saúde, como representante do Comitê Internacional Católico de Enfermeiras e Assistentes Médico-Sociais (CICIAMS). Concomitante ao seu trabalho docente na EEUSP, dirigiu no período de 1963-1965, a Escola de Enfermagem Job Lane, do Hospital Samaritano, criada em 1959, contribuindo para o reconhecimento da mesma pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). Nesse período recolheu fontes históricas que comprovam a chegada de enfermeiras inglesas, em 1890, ao Brasil, que utilizaram o modelo, que mais tarde seria denominado Sistema Nightingale, para realizar o cuidado e treinamento de enfermagem no Hospital Samaritano. Em 1965, Amália representou a ABEn nas reuniões de Conselho de Representantes Nacionais, em Evian, França. De 16 de julho de 1966 a 13 de julho de 1968, em plena Ditadura Militar, Amália fez parte da Diretoria da ABEn como Coordenadora da Comissão de Documentação e Estudos. Em 1967, durante o Congresso Brasileira de Enfermagem, em Brasília, esteve presente quando a presidente Circe de Melo Ribeiro lançou a pedra fundamental da construção da sede da ABEn em Brasília. Na campanha dos cinco mil, Amália e Anayde Corrêa de Carvalho e Clarice Ferrarini deram 5 mil cada uma. Também participaram dessa campanha D. Mariana Corrêa de Carvalho, irmã de Amália e Anayde, e Helena Silveira (secretária da Escola de Enfermagem da USP), que embora não fossem enfermeiras fizeram questão de contribuir para a construção da sede da ABEn, pela proximidade que tinham com enfermeiras. Assumiu o cargo de Presidente da ABEn nacional de 13 de julho de 1968 a 25 de julho de 1970 e foi reeleita para o segundo mandato de 1970-1972. Em 1971, Amália recebeu o Diploma de Honra ao Mérito da ABEn junto com outras associadas que se destacaram na contribuição monetária individual ou na prestação de serviços e com as seções que ultrapassam as metes previamente estabelecidas. Em 1972 concluiu o Curso de Doutorado na EEUSP. Amália também atuou como consultora no exterior a pedido da Organização Mundial de Saúde e foi representante do Brasil em diferentes ocasiões e comissões da Organização Panamericana de Saúde (OPAS), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Conselho Internacional de Enfermeiras (CIE). Foi vice-presidente na primeira diretoria do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), em 1975 e presidente na segunda gestão. No Cofen, Amália ajudou na instalação de 22 órgãos regionais (CORENs) no Brasil e aprovou o Código de Deontologia de Enfermagem. Aposentou-se em 1980, continuando a contribuir com a enfermagem por meio de produções científicas.

1946-1980 – Professora da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo

1968-1970 e 1970-1972 – Presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn Nacional)

1972-1976 – Presidente regional da Seção Sul-Americana do Comitê Internacional Católico de
Enfermeiras e Assistentes Médico-Sociais (CICIAMS).

1975-1977 – Vice-Presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen)

1977-1979 – Presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen)

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