Perfil do enfermeiro de unidades ambulatoriais do INAMPS no Brasil

Publication year: 1987

O estudo teve como objetivo traçar o perfil do enfermeiro atuante nas unidades ambulatoriais do INAMPS tendo em vista oferecer subsídios aos órgãos formadores e utilizadores de enfermeiros, às entidades de classe e aos próprios profissionais para melhor conhecimento do assunto.

Para isso foram levantados alguns conjuntos de variáveis sobre:

a) características pessoais e profissionais, bem como satisfação no trabalho e percepção de apoio da chefia; b) as atividades executadas com mais frequência pelos enfermeiros. Identificados esses conjuntos de variáveis, eles foram cotejados dentro do próprio conjunto e de um conjunto com o outro, para verificação da existência de possíveis relações. Do total de 28.953 enfermeiros cadastrados no COFEN em 1984, apenas 3.414 (11,8%) estavam trabalhando em todo o INAMPS. Destes, 1.158 estavam lotados nas unidades ambulatoriais, aos quais foram enviados questionários no período de março a dezembro de 1984. Os dados de 927 questionários recebidos (80,1%) – revelaram que havia predominância do sexo feminino (94,3%), maioria de casados, faixa etária de 30-49 anos de idade, diplomação em enfermagem e admissão na Previdência Social na década de 70, satisfação no trabalho (83,6%) percepção de apoio da chefia (75,2%), nível de preparo em cursos de habilitação e de especialização (71,3%) e em programas de educação continuada (84,1%).

As atividades desenvolvidas pelos enfermeiros eram:

supervisão do pessoal de enfermagem (39,3%), assistência direta ao cliente/paciente (36,7%), educação ou orientação para a saúde ao paciente/família (21,7%), funções administrativas (17,9%) e treinamento de pessoal (3,6%). Estabelecidas as relações entre as diversas variáveis, observou-se que não havia relação entre o preparo em cursos formais ou em programas de educação continuada – com satisfação no trabalho ou com percepção de apoio da chefia. Constatou-se também que os profissionais que atuavam em treinamento de pessoal e em atividades educativas relacionadas com clientes/pacientes eram os mais satisfeitos, e os que executavam supervisão de pessoal e atividades administrativas os que mais sentiam apoio da chefia para implantação de nova rotina de enfermagem.