O gerenciamento do cuidado de enfermagem para defesa da autonomia dos idosos em terminalidade da vida

Publication year: 2017

O envelhecimento populacional e a transição epidemiológica têm gerado inúmeros desafios para os profissionais de saúde, pois tais fenômenos acarretam a prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DNCTs) que estão associadas a recorrentes hospitalizações prolongadas. Esta realidade afeta a área de conhecimento da enfermagem, por se tratar da categoria que permanece diuturnamente prestando cuidados de enfermagem que visam promover conforto, dignidade e o controle de sinais e sintomas da doença, inclusive em sua fase terminal, onde necessitam de Cuidados Paliativos. Nesse contexto, guiado por preceitos éticos e morais, o enfermeiro busca atender as necessidades dos idosos em processo de finitude, bem como promover ações que defendam sua autonomia no processo de tomada de decisões acerca de seu tratamento. Objetivou-se: Compreender o significado atribuído pelo enfermeiro, na esfera do gerenciamento do cuidado, acerca da autonomia do idoso em cuidados paliativos na terminalidade da vida.

Metodologia:

Estudo qualitativo, descritivo e exploratório, que utilizou a Teoria Fundamentada nos Dados (TFD) como método para análise dos dados coletados a partir da observação não participante e entrevistas semiestruturadas gravadas no formato.mp3, entre novembro de 2016 a maio de 2017. Investigaram-se três grupos amostrais compostos por 10 enfermeiros, 8 médicos e 15 técnicos de enfermagem que atuavam em enfermarias clínicas do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), Rio de Janeiro, Brasil.

Resultados:

Após o processo de codificações aberta, axial e seletiva dos dados, emergiram três categorias que representam os elementos do modelo paradigmático: Condições, Ação-Interação e Consequências, respectivamente: Representando as influências do processo de trabalho, da tomada de decisão e da família sob a autonomia do idoso; Estabelecendo ações e interações para defender a autonomia do idoso em cuidados paliativos na terminalidade; Buscando promover a autonomia do idoso a partir do conhecimento e do desenvolvimento de habilidades e competências. A partir da correlação e da interconexão entre as três categorias, apresenta-se o seguinte fenômeno central: Articulando elementos da profissão de enfermeiro e do perfil desenvolvido em seu exercício na assistência hospitalar para defender a autonomia do idoso na terminalidade da vida.(AU)