Perfil de violência em crianças de 0 a 9 anos atendidas em um hospital público

Rev. enferm. UFPI; 4 (1), 2015
Publication year: 2015

Objetivo:

traçar o perfil epidemiológico dos casos notificados envolvendo crianças vítimas de violência em um hospital público de Teresina no período de 2009 a 2011.

Metodologia:

Estudo retrospectivo realizado a partir dos dados de violência contra criança cadastrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação(SINAN). Registrou-se 366 fichas individuais de notificação envolvendo crianças de 0 a 9 anos de idade.

Resultados:

Verificou-se que a maioria dos casos ocorre em crianças da faixa etária de 1 a 3 anos (56,3%) e sexo masculino (58,5%). Quanto ao tipo de violência, observou-se com maior frequência a negligência/abandono (76,5%), com 65,6% dos casos ocorrendo na residência da vítima e tendo a mãe como principal agressora (45,1%). As crianças foram a óbito em 2,2% dos casos notificados.

Conclusão:

que a violência infantil ocorre predominante no ambiente familiar e dessa maneira torna-se um problema bem mais complexo, pois a família que deve cuidar e possibilitar condições de sobrevivência e qualidade de vida é justamente a que mais participa ou co-participa de atos de violência contra a criança.

Objective:

To trace the epidemiological profile of notified cases involving child victims of violence in a public hospital of Teresina from 2009 to 2011.

Methods:

Retrospective study from the data of violence against children registered in the Information System for Notifiable Diseases ( SINAN). Enrolled 366 individual chipsnotification involving children 0-9 years old.

Results:

It was found that most cases occur in children aged 1-3years (56.3%) and males (58.5%). Regarding the type of violence was observed more frequently neglect /abandonment (76.5%), with 65.6% of cases occurring in the victim's residence and taking her mother as themain aggressor (45.1%). Children died in 2.2% of reported cases.

Conclusion:

that child abuse is prevalent inthe family environment and thus becomes a much more complex problem because the family that should takecare and enabling conditions for survival and quality of life is precisely the one that participates or coparticipatein acts of violence against children.