Autonomia dos moradores em Serviços Residenciais Terapêuticos: significados e condições

Rev. enferm. UFPI; 5 (2), 2016
Publication year: 2016

Objetivo:

discutir autonomia dos moradores dos Serviços Residenciais Terapêuticos e as condições que influenciam no seu desenvolvimento a partir do significado apreendido dos profissionais cuidadores.

Metodologia:

trata-se de uma pesquisa qualitativa com profissionais de saúde de Serviços Residenciais Terapêuticos, na cidade de Teresina – PI. Os dados foram produzidos por meio de entrevista, durante os meses de abril e maio de 2016 e submetido à análise de conteúdo.

Resultados:

foram organizadas duas categorias: “Significado de autonomia no contexto dos Serviços Residenciais Terapêuticos” e “Condições que favorecem/desfavorecem a autonomia dos moradores”. Os resultados evidenciam que existe a possibilidade de desenvolvimento de uma autonomia na maioria dos moradores, visto que elas deliberam sobre si, que tem o direito de ir e vir, que são responsáveis pelo seu próprio dinheiro e escolha daquilo que desejam comprar.

Foram citados como condições que favorecem o desenvolvimento dessa autonomia:

inserção em atividades domésticas, desenvolvimento intelectual por meio de estudo, visita aos familiares; e como condições que desfavorecem: a própria doença, dependência de medicação e preconceito da sociedade.

Conclusão:

cuidadores e técnicos de enfermagem mostram que existem de fato ações/atividades que são desenvolvidas nos Serviços Residenciais Terapêuticos e que proporcionam a autonomia de moradores, embora de forma limitada. Aponta-se a necessidade de mudança nos parâmetros de execução do programa de reinserção social por meio das residências terapêuticas.

Objective:

to discuss autonomy of the residents of Residential Therapeutic Services and the conditions that influence its development from the understanding of professional caregivers.

Methodology:

qualitative research with health professionals from Residential Therapeutic Services in the city of Teresina - PI. The data were produced through interviews during the months of April and May 2016 and subjected to content analysis.

Results:

the following two categories were organized: “Meaning of autonomy in the context of Residential Therapeutic Services” and “Conditions that favor/disfavor the autonomy of residentes”. The results show that there is the possibility of developing autonomy in most of the residents since they take decisions about themselves; have the right to come and go; they are responsible for their own money and choose what they want to buy.

The conditions that were cited that favor the development of this autonomy are as follows:

insertion in domestic activities, intellectual development through study and visits to the family.

The conditions that disfavor are as follows:

the disease itself, dependence on medication and prejudice of society.

Conclusion:

caregivers and nursing technicians show that there are, in fact, actions/activities that are developed in Residential Therapeutic Services and provide the autonomy of residents, although in a limited way. It points out the need of changing in the execution parameters of the social reintegration program through therapeutic homes.