Avaliação clínica dos sintomas de pacientes com câncer de cabeça e pescoço

Av. enferm; 37 (2), 2019
Publication year: 2019

Resumo Objetivo:

avaliar os sintomas mais frequentes apresentados pelos pacientes com câncer de cabeça e pescoço e fatores associados.

Metodologia:

trata-se de um estudo transversal realizado com 77 pacientes do serviço de cirurgia de cabeça e pescoço do Instituto Nacional de Câncer (Brasil). Foi utilizado o Memorial Symptom Assessment Scale (MSAS), adaptado ao Brasil. Foi avaliada a prevalência dos sintomas, bem como sua associação com variáveis demográficas e clínicas por meio dos testes de qui- quadrado e de ANOVA.

Resultados:

os sintomas mais prevalentes foram boca seca (62,5 %), tristeza (60 %), preocupações (53,75 %), nervosismo (48,75 %) e tosse (46,25 %). Quanto à faixa etária, identificou-se diferença nos sintomas físicos de baixa frequência (PHYS-L), com maior queixa entre os jovens (p < 0,01). Na escala global (TMSAS) houve queixa maior dos pacientes ambulatoriais comparados aos internados (p = 0,05). Houve, ainda, queixa maior de sintomas de baixa frequência entre pacientes sem metás-tase (p = 0,05).

Conclusão:

considerando-se a ocorrência de múltiplos sintomas no paciente oncológico, é necessário ter métodos que sejam capazes de avaliar, de forma mais ampla, os sintomas. Dessa forma, o enfermeiro terá melhor compreensão da complexidade dos grupos de sintomas, permitindo aperfeiçoar as intervenções clínicas no processo de enfermagem.

Resumen Objetivo:

evaluar los síntomas más frecuentes presentados por los pacientes con cáncer de cabeza y cuello y factores asociados.

Metodología:

estudio transversal realizado con 77 pacientes del servicio de cirugía de cabeza y cuello del Instituto Nacional de Cáncer (Brasil). Se utilizó el Memorial Symptom Assessment Scale (MSAS) adaptado a Brasil. Se estimó la prevalencia de los síntomas, así como su asociación con variables demográficas y clínicas, evaluada a través de las pruebas de chi cuadrado y de ANOVA.

Resultados:

los síntomas más prevalentes fueron boca seca (625 %), tristeza (60 %), preocupaciones (5375 %), nerviosismo (48,75 %) y tos (46,25 %). Para la franja etaria se identificó diferencia en los síntomas físicos de baja frecuencia (PHYS-L), con mayor queja entre los jóvenes (p < 0,01). En la escala global (TMSAS) hubo mayor queja de los pacientes ambulatorios que de los internados (p = 0,05). Se produjo, incluso, mayor queja de síntomas de baja frecuencia entre pacientes sin metástasis (p = 0,05).

Conclusión:

si se tiene en cuenta la aparición de múltiples síntomas en el paciente oncológico, es necesario tener métodos que sean capaces de evaluar, de forma más amplia, los síntomas. De esa forma, el enfermero tendrá una mejor comprensión de la complejidad de los grupos de síntomas y podrá perfeccionar las intervenciones clínicas en el proceso de enfermería.

Abstract Objective:

to evaluate the most frequent symptoms showed by patients with cancer of head and neck, and associated factors.

Methodology:

cross-sectional study conducted with 77 patients of service of head and neck surgery of the National Institute of Cancer (Brazil). It was used the Memorial Symptom Assessment Scale (MSAS), adapted to Brazil. It was estimated the prevalence of symptoms, as well as its association with demographic and clinical variables, assessed through Chi-squared and ANOVA tests.

Results:

the most prevalent symptoms were: dry mouth (62.5 %), sadness (60 %), concerns (53.75 %), nervousness (48.75 %) and cough (46.25 %). Difference in the physical symptoms of low frequency (PHYS-L) was identified for the age group, with greater complaint among young people (p < 0.01). On the global scale (TMSAS) there was greater complaint of outpatients than that of hospitalized patients (p = 0.05). There was greater complaint of symptoms of low frequency among patients without metastasis (p = 0.05).

Conclusion:

if it is taken into account the appearance of multiple symptoms in cancer patients, forms able to assess these in a broader way are necessary, which allow the nurse to get a better understanding of the complexity of the groups of symptoms and improve clinical interventions in the nursing process.