Preciso mesmo tomar vacina? Informação e conhecimento de adolescentes sobre as vacinas

Av. enferm; 37 (2), 2019
Publication year: 2019

Resumo Objetivo:

descrever o conhecimento dos adolescentes do 9o ano do ensino fundamental de escolas públicas sobre vacinas, as doenças imunopre-veníveis e as doenças transmissíveis.

Método:

estudo epidemiológico transversal, descritivo, desenvolvido com 605 adolescentes de 22 escolas públicas de um município de grande porte do estado de Minas Gerais, Brasil.

Resultados:

as fontes de informação mais citadas pelos adolescentes sobre infecções transmissíveis e formas de prevenção foram: escola (65,1 %), comunicação de massa (48,4 %) e pai e mãe (29,9 %). Sobre o conhecimento de infecções/doenças imunopreveníveis, 61,5 % dos adolescentes citaram a febre amarela (EA) e 5,6 % o papilomavírus humano (VPH). Além disso, 607 % relataram serem vacinados contra a paralisia infantil, 56 % contra a EA e 5 % contra o VPH. A cobertura vacinal média identificada na coleta de dados foi de 45,1 %, aumentando para 91 % após a vacinação. Considerando as respostas dos adolescentes sobre as vacinas presentes no cartão e com qual imunobiológico já tinham sido vacinados, a análise de Kappa evidenciou uma concordância substancial em relação à vacina contra EA e uma concordância moderada entre as demais vacinas.

Conclusão:

evidenciou-se (des)infor-mação dos adolescentes sobre vacinas, doenças transmissíveis e as imunopre-veníveis e baixa cobertura vacinal (41 %). A comunicação/informação em saúde foram efetivas na decisão dos adolescentes de se vacinarem, aumentando a cobertura vacinal (91 %).

Resumen Objetivo:

describir el conocimiento que tienen los adolescentes de grado noveno de escuelas públicas sobre vacunas, enfermedades inmunoprevenibles y enfermedades transmisibles.

Método:

estudio epidemiológico transversal, descriptivo, desarrollado con 605 adolescentes de 22 escuelas públicas de un municipio de gran porte del estado de Minas Gerais, Brasil.

Resultados:

las fuentes de información más citadas por los adolescentes sobre infecciones transmisibles y formas de prevención fueron: escuela (65,1 %), comunicación de masas (48,4 %) y padre y madre (29,9 %). Sobre el conocimiento de infecciones/enfermedades inmunoprevenibles, el 61,5 % de los adolescentes refirió la fiebre amarilla (EA) y el 5,6 % el virus del papiloma humano (VPH). Además, el 60,7 % reportó ser vacunado contra la parálisis infantil, el 56 % contra la EA y el 5 % contra el VPH. La cobertura vacunal media identificada en la recolección de datos fue del 45,1 %, aumentando al 91 % después de la vacunación. Considerando las respuestas de los adolescentes sobre las vacunas presentes en el carné de vacunación y con cuál inmunobiológico ya se habían vacunado, el análisis de Kappa evidenció una concordancia sustancial en relación con la vacuna contra la EA y una concordancia moderada entre las demás vacunas.

Conclusión:

se evidenció (des)información de los adolescentes sobre vacunas, enfermedades transmisibles e inmunoprevenibles y baja cobertura de vacunación (41 %). La comunicación/ información en salud fueron efectivas en la decisión de los adolescentes de vacunarse, aumentando la cobertura vacunal (91 %).

Abstract Objective:

to describe the knowledge adolescents of ninth grade of public schools have about vaccines, vaccine-preventable diseases and transmissible diseases.

Method:

epidemiological cross-sectional and descriptive study, developed with 605 adolescents of 22 public schools in a municipality of large size of the State of Minas Gerais, Brazil.

Results:

the sources of information most cited by adolescents about transmissible infections and forms of prevention were: school (65.1 %), mass communication (48.4 %), and father and mother (29.9 %). Regarding knowledge of vaccine-preventable diseases/infections, 61.5 % of the adolescents referred the yellow fever (EA), and 5.6 % referred human papillomavirus (HPV). In addition, 60.7 % reported to have been vaccinated against infantile paralysis, 56 % against the EA and 5 % against HPV. Average immunization coverage identified in data collection was 45.1 %, rising to 91 % after the vaccination. Considering the answers of adolescents about vaccines existing in the card and those which had already been applied, Kappa analysis showed a substantial match in relation to the EA vaccine, and moderate match among all other vaccines.

Conclusion:

it was evident disinformation of adolescents about immunization, transmissible diseases and vaccine-preventable diseases, and low coverage of vaccination (41%). Communication/information in health were effective in the decision of adolescents about being vaccinated, increasing immunization coverage (91%).