Acesso e implicações da automedicação em idosos na atenção primária à saúde
Access and implications of self-medication in the elderly in primary health care
Acceso e implicaciones de la automedicación en ancianos en la atención primaria de salud

J. Health NPEPS; 4 (2), 2019
Publication year: 2019

Objetivo:

avaliar o acesso e sua interferência no processo da automedicação em idosos.

Método:

estudo de avaliação de serviços com corte seccional, com idosos de ambos os sexos, que utilizam os serviços da atenção primária à saúde, pertencente ao município de Natal, Rio Grande do Norte. Foram realizadas 121 entrevistas, em nove unidades básicas de saúde no ano de 2016. Os dados foram analisados a partir do teste T de Student e o teste Qui-Quadrado, para determinar a significância estatística entre as variáveis independentes e os desfechos.

Resultados:

a prevalência de automedicação foi de 66,7%, associada negativamente ao acesso, atributo desfavoravelmente avaliado pelos idosos (média de 3,4). A febre (19,8%) foi a principal queixa motivadora de automedicação, sendo os analgésicos, os fármacos mais utilizados na automedicação. A automedicação apresentou associação significativa entre idade e medicamento sem prescrição médica para febre e cefaleia.

Conclusão:

apesar de não ter encontrado associação entre acesso e automedicação, foi identificada a alta prevalência dessa prática. Assim, é necessário que haja o fortalecimento da atenção primária, por meio de políticas voltadas às necessidades dos idosos com abordagem integral e com maior acesso ao atendimento multidisciplinar e multiprofissional, e não apenas a oferta de medicamentos.

Objective:

to evaluate the access and its interference in the process of selfmedication in the elderly.

Method:

evaluation study of cross-sectional services with elderly men and women who use primary health care services in the city of Natal, Rio Grande do Norte. A total of 121 interviews were conducted in 09 basic health units of the municipality in 2016. Data were analyzed using the Student’s ttest and chi-square test to determine the statistical significance between the two independent variables and outcomes.

Results:

the prevalence of self-medication was 66.7%, being negatively associated with access, a negatively assessed attribute in the perception of the elderly, showing an unsatisfactory degree (mean of 3.4). Fever (19.8%) was the main motivating complaint of self-medication, with analgesics being the most used self-medication. Self-medication showed a significant association between age and nonprescription medication for fever and headache.

Conclusion:

despite not finding an association between access and selfmedication, the high prevalence of this practice was identified. Thus, it is necessary to strengthen primary care through policies focused on the needs of the elderly with a comprehensive approach and greater access to multidisciplinary and multiprofessional care, not just the supply of medicines.

Objetivos:

evaluar el acceso y su interferencia en el proceso de la automedicación en ancianos.

Metodo:

Estudio de evaluación de servicios transversales con ancianos que utilizan los servicios de Atención Primaria a la Salud en la cidad de Natal, Rio Grande do Norte. Se realizaron 121 entrevistas, en nueve unidades de atención primaria de salud en 2016. Los datos se analizaron mediante la prueba t de Student y la prueba de chi-cuadrado para determinar la significacíon estadística entre las variables independentes y resultados.

Resultados:

La prevalencia de la automedicación fue del 66,7%, asociada negativamente al acceso, un atributo desfavorablemente evaluado por los ancianos(media de 3,4). La fiebre (19,8%) fue la principal queja motivadora de la automedicación, siendo los analgésicos la automedicacíon más utilizados. La automedicación msotró asociación significativa entre edad y la medicacíon sin receta para la fiebre e el dolor de cabeza.

Conclusión:

aunque no se encontró asociación entre el acceso y la automedicación, se identificó la alta prevalencia de esta práctica. Por lo tanto, es necesario fortalecer la atención primaria a través de políticas centradas en las necesidades de las personas mayores con un enfoque integral y un mayor acceso a la atención multidisciplinaria y multiprofesional, no solo el suministro de medicamentos.