REME rev. min. enferm; 23 (), 2019
Publication year: 2019
OBJETIVO:
conhecer a percepção das mulheres submetidas à cesariana por parada de progressão do trabalho de parto sobre a assistência prestada em um hospital universitário do sul do Brasil.
MÉTODO:
qualitativo-descritivo, por meio de entrevistas semiestruturadas com 13 puérperas que realizaram cesariana por parada de progressão do trabalho de parto. O período de coleta de dados foi de 1o de agosto a 30 de setembro de 2017. Os dados coletados foram analisados por meio de procedimentos de análise temática.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
as categorias emergentes foram assistência fragmentada durante o trabalho de parto, boas práticas no cuidado às parturientes e a preferência da via de parto e o encaminhamento para a cesariana. Os dados mostraram que a assistência prestada no centro obstétrico é fragmentada, realizada por vários profissionais. As boas práticas para a humanização do parto identificadas foram:
apoio emocional e físico e métodos não farmacológicos para alívio da dor, na maioria das vezes realizados pela enfermeira obstetra. A maioria das mulheres tinha a preferência pelo parto normal na gestação, porém foram submetidas à cesariana e consideraram seu trabalho de parto um processo que necessitou de intervenções pela falha do seu corpo na evolução do trabalho de parto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
na percepção das mulheres, a enfermeira obstetra se destacou entre os profissionais da equipe, no cuidado no trabalho de parto, porém esse cuidado não se configurou como suporte contínuo. Recomenda-se a qualificação dos profissionais dessa maternidade para a assistência humanizada e integral às necessidades das parturientes.(AU)
Objective:
to know the perception of women undergoing cesarean section due to
labor arrest disorder on the care provided at a university hospital in southern Brazil.
Method:
this is a qualitative and descriptive study, through semi-structured interviews
with 13 mothers who underwent cesarean section due to the labor arrest disorder.
The data collection period was from August 1st to September 30th, 2017. The collected
data were analyzed using thematic analysis procedures. Results and discussion:
the
categories emerged were fragmented care during labor, good practices in caring for
parturients and the preference for the type of delivery and the referral for cesarean
section. The data showed that the care provided at the obstetric center is fragmented,
performed by several professionals. The best practices for the humanization of
childbirth identified were:
emotional and physical support and non-pharmacological
pain relief methods, most often performed by the obstetric nurse. Most women had
a preference for normal delivery in pregnancy, but underwent cesarean section and
considered their labor a process that required intervention because of their body
failure in the evolution of labor. Final considerations:
in the perception of women, the
obstetric nurse stood out in the team professionals in the care of labor, but this care
was not configured as continuous support. The qualification of the professionals of this
maternity hospital is recommended for the humanized and integral assistance to the
needs of the parturients.(AU)
Objetivo:
conocer la percepción de las mujeres que se somenten
a cesárea debido a parada de progresión acerca de la atención
brindada en un hospital universitario del sur de Brasil. Método:
estudio
cualitativo y descriptivo, a través de entrevistas semiestructuradas
con 13 mujeres que se sometieron a cesárea debido a parada de
progresión en el trabajo de parto. La recogida de datos se realizó
entre el 1o de agosto y el 30 de septiembre de 2017. Los datos recogidos
se analizaron mediante procedimientos de análisis temáticos.
Resultados y discusión:
las categorías emergentes fueron: la atención
fragmentada durante el parto, las buenas prácticas en el cuidado de
las parturientas y la preferencia por el modo de parto y la derivación
a la cesárea. Los datos mostraron que la atención brindada en el
centro obstétrico está fragmentada, realizada por varios profesionales.
Las mejores prácticas para la humanización del parto identificadas
fueron:
apoyo emocional y físico y métodos no farmacológicos de alivio
del dolor, realizadas generalmente por la enfermera obstétrica. La
mayoría de las mujeres preferían el parto normal durante el embarazo
pero se sometieron a cesárea y consideraron su trabajo de parto como
un poceso que requirió intervención debido a falla corporal en la
evolución del trabajo de parto. Consideraciones finales:
en la percepción
de las mujeres, la enfermera obstétrica se destacó entre los profesionales
del equipo en la atención durante el trabajo de parto, pero esa atención
no se configurón como un apoyo continuo. Se recomienda la calificación
de los profesionales de la maternidad de este hospital para la asistencia
humanizada e integral a las necesidades de las parturientas.(AU)