Perfil de termorregulaçâo e desfecho clínico em pacientes críticos com sepse

Av. enferm; 37 (3), 2019
Publication year: 2019

Resumo Objetivo:

descrever o perfil da temperatura corporal (TC) e o desfecho em pacientes com sepse atendidos em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Método:

estudo retrospectivo, descritivo e exploratório. Incluíram-se pacientes maiores de 18 anos, diagnosticados com sepse grave ou choque séptico no período de janeiro a dezembro 2012, atendidos em uma UTI de um hospital púbico. Foram levantadas variáveis sociodemográficas, clínicas e o desfecho. Para a avaliação da TC, consideraram-se todas as medidas registradas durante a internação, aferidas na região axilar por termômetro digital acoplado ao monitor multiparamétrico. Adicionalmente, propuseram-se cenários comparativos entre o número de episódios de febre ou hipotermia nas 24 horas após a internação e nas 24 horas prévias ao desfecho. Os dados foram coletados nos prontuários físicos e eletrônicos.

Resultados:

foram incluídos 105 pacientes, com predominância de maiores de 60 anos, sexo masculino e cor branca. O desfecho clínico para 26 (24,8 %) foi a alta e para 79 (75,2 %), o óbito. Foram observadas 8778 verificações da TC, sendo a hipotermia mais frequente no grupo óbito (p = 0,00). No grupo alta, as medidas dentro da normalidade foram mais frequentes (p = 0,00). Entre os cenários propostos, houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos quando ocorreram dois ou mais episódios de febre nas 24 horas prévias ao desfecho.

Conclusão:

a descrição do perfil de termorregulação em pacientes sépticos mostrou que a TC é um indicador complementar capaz de auxiliar a equipe na prática clínica com intuito de propiciar melhores desfechos.

Resumen Objetivo:

describir el perfil de la temperatura corporal (TC) y el desenlace en pacientes con sepsis asistidos en una unidad de cuidado intensivo (UCI).

Método:

estudio retrospectivo, descriptivo y exploratorio. Se incluyeron pacientes mayores de 18 años, diagnosticados con sepsis grave o shock séptico en el periodo de enero a diciembre de 2012, asistidos en una uci de un hospital púbico. Se construyeron variables sociodemográficas, clínicas y de desenlace. Para la evaluación de la TC se consideraron todas las medidas registradas durante la hospitalización, tomadas en la región axilar con termómetro digital acoplado al monitor multiparamétrico. Adicionalmente, se propusieron escenarios comparativos entre el número de episodios de fiebre o hipotermia en las 24 horas después del ingreso y el número de estos las 24 horas previas al desenlace. Los datos fueron recolectados de registros médicos físicos y electrónicos.

Resultados:

se incluyeron 105 pacientes, con predominio de mayores de 60 años, sexo masculino y color blanco. El resultado clínico para 26 pacientes (24,8 %) fue el alta y para 79 (75,2 %) la muerte. Se observaron 8778 verificaciones de TC, siendo la hipotermia más frecuente en el grupo de muerte (p = 0,00). En el grupo de alta, las medidas dentro de la normalidad fueron más frecuentes (p = 0,00). Entre los escenarios propuestos hubo diferencia estadísticamente significativa entre los grupos cuando ocurrieron dos o más episodios de fiebre en las 24 horas anteriores al desenlace.

Conclusión:

la descripción del perfil de termorregulación en pacientes sépticos mostró que la TC es un indicador complementario capaz de auxiliar al equipo en la práctica clínica con el objetivo de propiciar mejores resultados.

Abstract Objective:

to describe the body temperature profile (TC) and the outcome in patients with sepsis assisted in an intensive care unit (UCI).

Method:

retrospective, descriptive and exploratory study. Patients over the age of 18 were included, diagnosed with severe sepsis or septic shock in the period from January to December 2012, assisted in an UCI of a public hospital. Sociodemographic, clinical and outcome variables were built. For the evaluation of the TC, all measures recorded during hospitalization were considered, taken in the axillary region by digital thermometer coupled to the multiparametric monitor. In addition, comparative scenarios were proposed between the number of episodes of fever or hypothermia in the 24 hours after internment and the number of these 24 hours prior to the outcome. The data were collected from physical and electronic medical records.

Results:

105 patients were included, predominantly over 60 years old, male and white. Clinical outcome for 26 patients (24.8 %) was to be discharged, and for 79 (75.2 %) it was death. 8778 TC verifications were observed, being hypothermia the most frequent in the death group (p = 0.00). In the discharge group, measurements within normality were more frequent (p = 0.00). Among the proposed scenarios, there was statistically significant difference between the groups when two or more episodes of fever occurred in the 24 hours prior to the outcome.

Conclusion:

the description of the thermoregulation profile in septic patients showed that the TC is a complementary indicator capable of assisting the team in the clinical practice in order to promote better results.