Necessidades das famílias caboverdianas que convivem com o transtorno mental
Necesidades de las familias caboverdianas que convienen con el transtorno mental
Needs of families living with mental illness in Cabo Verde
Esc. Anna Nery Rev. Enferm; 24 (2), 2020
Publication year: 2020
RESUMO Objetivos Caracterizar as famílias usuárias de um serviço de psiquiatria em Cabo Verde/África, quanto aos aspectos sociodemográficos e aos transtornos mentais mais frequentes que acometem seus membros; identificar as necessidades consideradas prioritárias pelas famílias que convivem com a pessoa com transtorno mental neste contexto. Método Estudo qualitativo exploratório, realizado em 2016, com dados obtidos através de 100 prontuários de usuários em um serviço de psiquiatria, no período de 2010 a 2015, e entrevistas realizadas com 30 familiares desses usuários. Posteriormente, os dados foram submetidos à análise temática. Resultados As famílias das pessoas com transtorno mental na ilha de Santiago são pobres, as cuidadoras são predominantemente do sexo feminino, solteiras e residentes na cidade da Praia. No cuidado ao familiar doente, enfrentam diversas dificuldades, como a falta de suporte por parte de profissionais e serviços de saúde e da rede social, acrescentando, ainda, o fato de não se sentirem incluídos no processo de cuidado e com delimitada capacitação para cuidar do familiar doente. Conclusão e Implicações para a prática Há a necessidade do reconhecimento da família como alvo de cuidados e capacitação para a continuidade dos cuidados ao familiar doente. O estudo aponta a necessidade de revisão das políticas de saúde, para aprimoramento dos cuidados de saúde mental na atenção primária.
RESUMEN Objetivos Caracterizar las familias usuarias de un servicio de psiquiatría en Cabo Verde/África, en cuanto a los aspectos sociodemográficos y a los trastornos mentales más frecuentes que afectan sus miembros; identificar las necesidades consideradas prioritarias por las familias que conviven con la persona con trastorno mental en este contexto. Método Estudio cualitativo exploratorio, realizado en el 2016, con datos obtenidos a través de 100 registros médicos de usuarios en un servicio de psiquitría, en el período de 2010 a 2015, y entrevistas realizadas a 20 familiares de esos usuarios. Posteriormente, los datos fueron sometidos a análisis temática. Resultados Las familias de las personas con trastorno mental en la isla de Santiago son pobres, las cuidadoras son predominantemente de sexo femenino, solteras y residentes en la ciudad de la Playa. Con respecto al cuidado del familiar enfermo, enfrentan diversas dificultades, como la falta de soporte por parte de los profesionales, los servicios de salud, y de la red social, agregando además el hecho de que no se sienten incluidos en el proceso de cuidado y con capacitación limitada para cuidar al familiar enfermo. Conclusión y implicaciones para la práctica hay una necesidad de reconocimiento de la familia como objetivo de cuidados y capacitación para la continuidad de los cuidados al familiar enfermo. El estudio señala la necesidad de revisar las políticas de salud para mejorar la atención de salud mental en la atención primaria.
ABSTRACT Objectives To characterize the families that use a psychiatric service in Cabo Verde/Africa, regarding socio-demographic issues and the most frequent mental disorders that affect their family members; to identify the needs considered as priorities by the families that live with a person with a mental disorder in this context. Method Exploratory qualitative study, conducted in 2016, with data obtained from 100 medical records from 2010 to 2015 in a psychiatric service, and interviews with 30 family members. Subsequently, the data were subjected to thematic analysis. Results The families of people with mental disorders on Santiago Island are poor; the caregivers are predominantly female, single, and resident in the city of Praia. When caring for the ill family member, they face several difficulties, such as the lack of support from health professionals and services and from the social network, in addition to the fact that they do not feel included in the care process and have limited training to take care of the ill family member. Conclusion and Implications for practice There is a need to recognize the family as a target for care and training aimed at the continuity of care for the ill family member. The study points to the need to review health policies to improve mental health care in primary care.