Las redes comunitarias y familiares en el tránsito hacia la externación sustentable en el contexto de la reforma del Modelo de Atención de Salud Mental en Uruguay
Community and family networks in the transition towards sustainable externalization in the context of the reform of the Mental Health Care Model in Uruguay
Redes comunitárias e familiares na transição para a externalização sustentável no contexto da reforma do Modelo de Atenção à Saúde Mental no Uruguai
Rev. urug. enferm; 15 (1), 2020
Publication year: 2020
El presente artículo toma como eje de discusión el lugar de las redes comunitarias y familiares en la estrategia de desinstitucionalización. La propuesta se plantea en el contexto de reforma del modelo de atención de salud mental del Sistema Nacional integrado de Salud (SNIS) que se viene dando en Uruguay a partir de la Ley Nro. 19529 de Salud Mental del año 2017, para pensar las prácticas respecto al modelo de atención de salud mental comunitaria. Esto implica dar visibilidad a las condiciones materiales de existencia en la cotidianeidad de las personas, al bienestar individual y colectivo, al trabajo, la vivienda, la educación, la cultura, al tiempo de ocio y disfrute, entre otros. La transición del modelo asilar a un modelo que privilegie el enfoque comunitario debe considerar en primer lugar un cambio de la política pública de salud mental que contemple los distintos actores, entre ellos los usuarios, familiares, trabajadores de la salud y la comunidad en general. La reinserción en el tejido social de las personas hospitalizadas es central a la hora de pensar en una externación sustentable, por lo que efectivizar la inclusión social va a significar cambios en las prácticas sanitarias en los recursos de salud que permitan el sostén familiar y comunitario, para que las personas en situación de sufrimiento psíquico puedan encontrar oportunidades de desarrollar la vida por fuera del hospital psiquiátrico, siendo respetadas en sus derechos.
This article takes as a main topic of discussion the place community and family networks take at the strategy of deinstitutionalization. The project is presented in the context of the Mental Healthcare System of the national integrated health system (SNIS) reform that has been taking place in Uruguay from the Law No. 19.529 of Mental Health (2017) to think about the practices regarding the Mental Healthcare Community Model. This implies giving visibility to the material conditions of existence in people’s daily lives, to individual and collective well-being, to work, housing, education, culture, leisure and enjoyment time, among others. The transition from an asylum model to a model that privileges the community approach, must first consider a change in the public mental health policy that contemplates different actors, including users, their relatives, health workers and the community in general. The reintegration into the social fabric of hospitalized people is central when it comes to thinking about a sustainable discharge, and that is why making social inclusion effective will imply changes in the sanitarian practices, in health resources, which allow family and community support, so that those in psychological suffering can find opportunities to develop their lives outside the psychiatric hospital, being respected in their rights.
O presente artigo toma como eixo de discussão o lugar das redes comunitárias e familiares na estratégia de desinstitucionalização. A proposta é apresentada no contexto da reforma do modelo de atenção do sistema de saúde mental do sistema nacional integrado de saúde (SNIS) que vem ocorrendo no Uruguai a partir da Lei nº 19529 de Saúde Mental de 2017 para pensar as práticas referentes ao modelo de atenção à saúde comunidade mental. Isso implica dar visibilidade às condições materiais de existência no cotidiano das pessoas, ao bem-estar individual e coletivo, ao trabalho, moradia, educação, cultura, lazer e prazer, entre outros. A transição do modelo de asilo para um modelo que privilegia a abordagem da comunidade deve primeiro considerar uma mudança na política pública de saúde mental que inclua diferentes atores, incluindo usuários, familiares, trabalhadores de saúde e a comunidade em geral. A reintegração no tecido social das pessoas hospitalizadas é central quando se trata de pensar uma externalização sustentável, para que a inclusão social efetiva signifique mudanças nas práticas de saúde, nos recursos de saúde, que permitam o apoio familiar e comunidade, para que as pessoas em situação de sofrimento psíquico encontrem oportunidades de desenvolver a vida fora do hospital psiquiátrico, sendo respeitadas em seus direitos.