Estima (Online); 18 (1), 2020
Publication year: 2020
Introdução:
A lesão medular resulta em falha no esvaziamento da bexiga, deixando o indivíduo exposto a risco de infecção recorrente de trato urinário, refluxo vesicoureteral e até perda da função renal. O cateterismo intermitente limpo (CIL) é o método de escolha para esvaziamento da bexiga nesses casos. Apesar de ter uma técnica simples, sua realização deve ser bem orientada a fim de evitar complicações como infecções ou traumas. A orientação para a técnica deve ser realizada ainda no período de internação pela lesão, cujo responsável é o enfermeiro. Objetivo:
Avaliar o conhecimento dos enfermeiros que atuam em hospital de atendimento ao trauma com relação ao cateterismo intermitente limpo. Métodos:
Questionário construído com base nas diretrizes da Associação Europeia de Enfermeiros Urológicos, aplicado a 18 enfermeiros de um hospital universitário, referência no atendimento do trauma raquimedular, a respeito de disfunção neurológica de trato urinário inferior e cateterismo intermitente limpo. Resultados:
Os participantes apresentaram conhecimento expressivo a respeito da disfunção neurológica de trato urinário inferior e CIL. Houve erros quanto à técnica do CIL nos quesitos de indicação do uso luvas de procedimento, na lubrificação do cateter, coleta de culturas periódicas de urina, uso antibióticos e na necessidade de orientação antes da alta hospitalar. Conclusão:
Apesar de a amostra demonstrar conhecimento em várias questões relacionadas ao tema, os erros indicam necessidade de capacitação e principalmente de conscientização quanto à responsabilidade de orientação antes da alta hospitalar.