Referência; serIV (22), 2019
Publication year: 2019
Enquadramento:
No acidente vascular cerebral (AVC), as terapêuticas recentes são tempo-dependentes e requerem a implementação de protocolos de atendimento. Objetivo:
Analisar os resultados da implementação de um protocolo de Via Verde (VV) do AVC. Metodologia:
Análise quantitativa e retrospetiva de todos os casos com doença cerebrovascular admitidos num serviço de urgência de um hospital português, desde 2010 a 2016 (n = 1200). Foram recolhidos dados sociodemográficos, tempos assistenciais, comorbilidades e outras variáveis clínicas. Através dos registos eletrónicos, estudaram-se todas as ativações do protocolo. Resultados:
Os doentes apresentavam: 63,0% AVC isquémico, 17,2% AVC hemorrágico e 19,8% acidente isquémico transitório. A VV cobriu 37,3% (n = 282) dos casos de AVC isquémico, realizando fibrinólise 18,4% (n = 52) desses doentes. O tempo médio porta-agulha foi de 69,5 minutos. Nos doentes fibrinolisados registaram-se melhorias neurológicas significativas (p < 0,05). Conclusão:
Obteve-se uma taxa elevada de ativação da VV, mas apenas 52 doentes realizaram fibrinólise. A idade, a comorbilidade, e a elevada procedência rural dos pacientes poderão ter influenciado a janela terapêutica e os critérios de inclusão/exclusão para fibrinólise.
Background:
The latest therapies for stroke are time-sensitive and require the implementation of care protocols. Objective:
To analyze the results of the implementation of a code stroke protocol. Methodology:
Quantitative and retrospective analysis of all cases with cerebrovascular disease admitted in the emergency room of a Portuguese hospital, from 2010 to 2016 (n = 1200). Demographic data, times for stroke care, comorbidities, and other clinical variables were collected. All activations of the protocol were studied using electronic records. Results:
The patients showed 63.0% ischemic stroke, 17.2% of hemorrhagic stroke, and 19.8% of transient ischemic attacks. The code stroke protocol covered 37.3% (n = 282) of the ischemic stroke cases, performing fibrinolysis in 18.4% (n = 52) of these patients. The mean door-to-needle time was 69.5 minutes. In patients who underwent fibrinolysis, neurological improvements were significant (p < 0.05). Conclusion:
There was a high rate of activation of the code stroke protocol, but only 52 patients underwent fibrinolysis. Age, comorbidities, and high rate of rural origin of patients may have influenced the therapeutic window and the inclusion/exclusion criteria for fibrinolysis.
Marco contextual:
En el accidente cerebrovascular (ACV), las terapias recientes dependen del tiempo y requieren la implementación de protocolos de atención. Objetivo:
Analizar los resultados de la implementación de un protocolo código ictus de ACV. Metodología:
Análisis cuantitativo y retrospectivo de todos los casos de enfermedad cerebrovascular ingresados en un servicio de urgencias de un hospital portugués entre 2010 y 2016 (n = 1200). Se recogieron datos sociodemográficos, tiempos de atención, comorbilidades y otras variables clínicas. Todas las activaciones del protocolo se estudiaron a través de registros electrónicos. Resultados:
El 63,0% de los pacientes presentó ACV isquémico, el 17,2% ACV hemorrágico y el 19,8% accidente isquémico transitorio. El protocolo código ictus cubrió el 37,3% (n = 282) de los casos de ACV isquémico, y se realizó fibrinólisis en el 18,4% (n = 52) de estos pacientes. El tiempo medio de puerta-aguja fue de 69,5 minutos. Se registraron mejoras neurológicas significativas (p < 0,05) en pacientes en fibrinólisis. Conclusión:
Se obtuvo una elevada tasa de activación del protocolo código ictus, pero solo 52 pacientes se sometieron a fibrinólisis. La edad, la comorbilidad y la elevada procedencia rural de los pacientes pueden haber influido en la ventana terapéutica y en los criterios de inclusión/exclusión para la fibrinólisis.