Familiares de usuários de substâncias psicoativas em busca de cuidado
Family of users of psychoactive substances in search of care

Rev. enferm. UFPE on line; 14 (), 2020
Publication year: 2020

Objetivo:

descrever as vivências de familiares de usuários de substâncias psicoativas em busca de cuidado na rede de atenção psicossocial.

Método:

trata-se de um estudo quantitativo, exploratório e transversal, com 29 familiares de usuários de substâncias psicoativas internados com trauma físico, notificados em um centro de informação e assistência toxicológica, utilizando um roteiro semiestruturado e entrevistas domiciliares. Compilaram-se os dados em planilha eletrônica no software Microsoft Office Excel 10.0 e os analisando pela estatística descritiva simples.

Resultados:

revela-se que os familiares conviviam, em média, há 20,8 anos com comportamento aditivo intrafamiliar, principalmente o uso de bebida alcoólica, em um contexto de períodos curtos de recaídas e abstinência e elevada violência intrafamiliar e social. Observaram-se acesso elevado a serviços hospitalares de urgência e baixo acesso e vínculo a serviços de atenção primária e de base comunitária. Relatou-se, após a internação hospitalar por trauma, por 15 familiares (51,7%), diminuição do comportamento aditivo, em média, por 30 dias.

Conclusão:

conclui-se que a oportunidade de quebra do ciclo de dependência e continuidade do cuidado, com foco na atenção psicossocial e na unidade familiar, não aconteceu nas famílias investigadas.(AU)

Objective:

to describe the experiences of family members of psychoactive substance users in search of care in the psychosocial care network.

Method:

this is a quantitative, exploratory, and cross-sectional study, with 29 family members of users of psychoactive substances hospitalized with physical trauma, reported to an information and toxicological assistance center, using a semi-structured script and home interviews. Data were compiled in an electronic spreadsheet using Microsoft Office Excel 10.0 software and analyzed using simple descriptive statistics.

Results:

it is revealed that family members lived, on average, for 20.8 years with domestic addictive behavior, especially the use of alcohol, in a scenario of short periods of relapse and abstinence and high intrafamily and social violence. There was high access to emergency hospital services and low access and link to primary care and community-based services. After hospitalization due to trauma, 15 family members (51.7%) reported a decrease in addictive behavior, on average, for 30 days.

Conclusion:

it is concluded that the opportunity to stop the cycle of addiction and continuity of care, focusing on psychosocial care and family arrangement, did not happen in the investigated families.(AU)

Objetivo:

describir las experiencias de los familiares de los usuarios de sustancias psicoactivas en busca de atención en la red de atención psicosocial.

Método:

se trata de un estudio cuantitativo, exploratorio y transversal, con 29 familiares de usuarios de sustancias psicoactivas hospitalizados con trauma físico, notificados en un centro de información y asistencia toxicológica, utilizando un guion semiestructurado y entrevistas domiciliadas. Los datos se compilaron en una hoja de trabajo en el software Microsoft Office Excel 10.0 y se analizaron mediante estadísticas descriptivas simples.

Resultados:

se revela que los familiares convivieron, en promedio, durante 20,8 años con comportamientos intrafamiliares adictivos, principalmente el uso de bebidas alcohólicas, en un contexto de cortos períodos de recaída y abstinencia y alta violencia intrafamiliar y social. Se observó un alto acceso a los servicios hospitalarios de urgencia y bajo acceso y vínculo a servicios de atención primaria y comunitaria. Después de la hospitalización por trauma, 15 familiares (51,7%) reportaron disminución del comportamiento aditivo, en promedio, durante 30 días.

Conclusión:

se concluye que la oportunidad de romper el ciclo de dependencia y continuidad del cuidado, centrándose en la atención psicosocial y en la unidad familiar, no ocurrió en las familias investigadas.(AU)