Na detenção ou na liberdade: onde eu encontro minha saúde?
In Detention or Freedom: Where do I Find my Health?
En detención o libertad: ¿dónde encuentro mi salud?

Investig. enferm; 21 (2), 2019
Publication year: 2019

Introdução:

a vida no encarceramento é permeada por desafios de diferentes áreas, a percepção sobre como as mulheres percebem saúde e o seu processo de adoecimento no ambiente prisional é fundamental para ampliar as discussões que possam reduzir as iniquidades a que estão expostas.

Objetivo:

conhecer e refletir sobre a percepção do processo saúde-doença a partir do ponto de vista de reeducandas.

Método:

trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa desenvolvida em uma Cadeia Pública Feminina de um município da região médio norte de Mato Grosso junto a 57 mulheres condenadas ou em regime provisório. A coleta de dados foi realizada no mês de outubro de 2016, através de entrevista individual guiada por roteiro semiestruturado elaborado pelos próprios pesquisadores, contendo questões abertas que abordavam aspectos relacionados à percepção das reeducandas sobre o conceito de saúde e seus condicionantes e determinantes.

Resultados:

os relatos expressaram significados diversificados de saúde para essa população, desde conceitos reduzidos à outros mais amplos, correspondendo à ausência de doenças, acesso aos profissionais de saúde e medicamentos, autocuidado, possibilidade de exercerem atividades laborais e liberdade.

Conclusões:

ressalta-se a necessidade da criação e efetivação de políticas públicas e projetos sociais, oferta de educação continuada aos profissionais penitenciários, parceria com atores sociais e participação ativa dos profissionais de saúde para garantia de melhor qualidade de vida para as reeducandas e manutenção do sistema prisional.

Introduction:

Life in incarceration is permeated by challenges from different areas, perceptions about how women perceive health and their process of illness in the prison environment are fundamental to broaden the discussions that can reduce the iniquities to which they are exposed.

Objective:

To know and reflect on the perception of the health-disease process from the point of view of re-education.

Method:

This is a descriptive and exploratory research, with a qualitative approach developed in a Female Public Chain of a municipality in the northern region of Mato Grosso along with 57 convicted or provisional women. The data collection was carried out in October 2016, through an individual interview guided by a semistructured script prepared by the researchers themselves, containing open questions that addressed aspects related to the perception of reeducation on the concept of health and its determinants and determinants.

Results:

The reports expressed diverse meanings of health for this population, from reduced concepts to broader ones, corresponding to the absence of diseases, access to health professionals and medicines, self-care, possibility of exercising work activities and freedom.

Conclusions:

It is necessary to create and implement public policies and social projects, offer continuing education to prison professionals, partnership with social actors and active participation of health professionals to guarantee better quality of life for re-education and maintenance of the Prison system.

Introducción:

La vida en encarcelamiento es permeada por desafíos de diferentes áreas, la percepción sobre cómo las mujeres perciben la salud y su proceso de morbilidad en el ambiente carcelario es fundamental para ampliar las discusiones que puedan reducir las inequidades a que están expuestas.

Objetivo:

Conocer y reflexionar sobre la percepción del proceso salud-enfermedad a partir del punto de vista de las reescolarizadas.

Método:

Se trata de una investigación descriptiva y exploratoria, con enfoque cualitativo desarrollada en una Cárcel Pública Femenina de un municipio de la región medio-norte de Mato Grosso junto a 57 mujeres condenadas o en régimen provisional. La recolección de datos fue realizada en el mes de octubre de 2016, a través de entrevista individual semiestructurada con guión elaborado por los propios investigadores, que contenían preguntas abiertas que abordaban aspectos relacionados a la percepción de las reescolarizadas sobre el concepto de salud y sus condicionantes y determinantes.

Resultados:

las historias expresaron significados diversificados de salud para esa población, desde conceptos reducidos a otros más amplios, correspondiendo la ausencia de enfermedades, acceso a los profesionales de salud y medicamentos, autocuidado, posibilidad de ejercer actividades laborales y libertad.

Conclusiones:

Se resalta la necesidad de la creación y activación de políticas públicas y proyectos sociales, oferta de educación continuada a los profesionales penitenciarios, alianza con actores sociales y participación activa de los profesionales de salud para garantía de mejor calidad de vida para las reescolarizadas y manutención del sistema carcelario.