Compreensão da vivência da família frente à hospitalização, morte encefálica e entrevista para doação de órgãos
Understanding the experience of family facing hospitalization, brain death, and donation interview

Ciênc. cuid. saúde; 14 (4), 2015
Publication year: 2015

O presente estudo buscou compreender a vivência da família no processo de hospitalização do familiar, morte encefálica e entrevista para a doação de órgãos. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, de natureza qualitativa, com abordagem fenomenológica. Os sujeitos foram 15 famílias de pacientes que tiveram lesão neurológica grave e aguda, evoluíram com diagnóstico de morte encefálica, cujas famílias foram entrevistadas para a doação de órgãos e não a autorizaram. Após análise do material empírico, surgiram duas unidades de significados: (1) Hospitalização; e (2) Entrevista para Decisão sobre Doação. Essas unidades de significados são representadas pelo “impacto da notícia”; “barreiras na comunicação”; “relação com a equipe”; “informação da morte encefálica”; “dor da perda”; “informação sobre doação” e “tomada de decisão”. A trajetória vivenciada pelas famílias é difícil e se faz necessário repensar o atendimento a essas pessoas pelos profissionais de saúde durante esse processo. O tempo entre a comunicação da morte e a informação sobre doação de órgãos é importante para que a família possa organizar seus pensamentos e tomar a melhor decisão. O estudo mostra que esse tempo não foi respeitado.
This study aimed to understand the experience of families in the process ofhospitalization, brain death and interview for organ donation. It is an exploratory, descriptive, qualitativeresearch ofphenomenological approach. The subjects were 15 families of patients who had severe and acute brain injury thatevolved to a brain deathdiagnosis, whose families were interviewed for organ donation but didnot authorizeit.After analysis of the empirical material, two units of meaningarose: (1) Hospitalization; and (2) Interview for Decisionon Donation. These units of meaning are represented by “impact of the news”; “barriers to communication”; “relationship with the team”; “reportingthe brain death”; “pain for theloss”; “informingabout donation” and “decision-making”.The path walked by the families is difficult and makes it necessary to rethink the care provided tothese people by health professionals throughout theprocess. The time between the reportof the death and the provision of information about organ donation is important for the family to organize itsthoughts and make the best decision. The study shows that this time has not beenrespected.