Parto em posição não supina: percepção de profissionais na assistência hospitalar
Birth in a non-supine position: perception of professionals in hospital care

Ciênc. cuid. saúde; 18 (4), 2019
Publication year: 2019

Introduction:

The supine position predominates in the national context of vaginal delivery care, although there is scientific evidence favoring the adoption of other positions in the expulsive period, with advantages for both mother and newborn.

Objective:

to unveil the perception of health professionals working in an obstetric unit of a University Hospital about non-supine childbirth.

Methods:

qualitative, descriptive study conducted with workers in this sector. Ten medical or nursing professionals were interviewed. Data collection was through semi-structured interviews and submitted to Content Analysis.

Results:

three thematic categories were unveiled: recognizing advantages and stimuli to the use of non-lithotomic positions; noticing obstacles to changing paradigms in giving birth; experiencing non-lithotomicchildbirth from the professional’s perspective. Data analysis showed divergences between knowledge and practice, highlighting the influence of the biomedical model on the delivery care routine.

Final considerations:

It is suggested that permanent education and sensitization of the parturient care team be carried out, as well as their empowerment through relevant prenatal guidance for the implementation of good practices in childbirth care, including the use of non-supine positions in the expulsive period

Introdução:

a posição supina predomina no contexto nacional de assistência ao parto vaginal, embora haja evidências científicas favoráveis à adoção de outras posições no período expulsivo, com vantagens para mãe e recém-nascido.

Objetivo:

desvelar a percepção de profissionais de saúde que trabalham em bloco obstétrico de Hospital Universitário acerca do parto em posição não supina.

Métodos:

estudo qualitativo, descritivo, realizado com trabalhadores desse setor. Foram entrevistados 10 profissionais das áreas médica ou de enfermagem. Dados coletados por entrevistas semiestruturadas e submetidos à Análise de Conteúdo.

Resultados:

foram desveladas três categorias temáticas: reconhecendo vantagens e estímulos ao uso de posições não litotômicas; percebendo obstáculos à mudança de paradigmas na posição de parir; vivenciando o parto não litotômico na perspectiva do profissional. A análise dos dados revelou divergências entre o conhecimento e a prática, destacando-se a influência do modelo biomédico na rotina de assistência ao parto.

Considerações finais:

sugere-se a realização de educação permanente e sensibilização da equipe de assistência à parturiente além de seu empoderamento por meio de orientação pré-natal pertinente para a efetivação das boas práticas na atenção ao parto incluindo o uso de posições não supinas no período expulsivo.