Conhecimento dos coordenadores de centros de atenção psicossocial sobre política nacional de saúde mental
knowledge of psychosocial care center coordinators about the national policy of mental health

Ciênc. cuid. saúde; 14 (2), 2015
Publication year: 2015

O processo de desinstitucionalização da assistência em Saúde Mental pode ficar comprometido se não houver a adequada formação e compreensão da política que o norteia pelos profissionais da área. O objetivo deste trabalho foi verificar o conhecimento dos coordenadores de Centros de Atenção Psicossocial do interior do Estado de Goiás sobre a Política Nacional de Saúde Mental. Trata-se de uma pesquisa descritivo-exploratória de abordagem qualitativa realizada com 19 coordenadores desses serviços, no período de janeiro a maio de 2011. Os dados foram submetidos à análise temática de conteúdo com o auxílio do software ATLAS-ti. Considerou-se que os coordenadores possuem compreensão pertinente às orientações legais, destacando-se a reinserção social, inclusão da família na assistência, o trabalho interdisciplinar e a articulação dos serviços em uma rede de assistência. Em contrapartida, apontam-se dificuldades para implementar a política, devido à carência de dispositivos na rede, à necessidade de qualificação e à falta de investimentos em recursos físicos, financeiros e humanos.
The deinstitutionalization of care in mental health can be compromised if no proper training and understanding of the policy that guides the professionals is achieved. The present study aimed to verify the knowledge of Psychosocial Care Center coordinators in the state of Goiás -Brazil about the National Mental Health Policy. The descriptive-exploratory research, using a qualitative approach, was carried out with 19 coordinators of these services, between January and May 2011. Data were submitted to thematic content analysis counting on the support of the Atlas-ti software. Results show that coordinators have relevant understanding of legal guidelines, especially of social reintegration, family inclusion in care, interdisciplinary work, and articulation of services in a care network. On the other hand, difficulties to implement the policy due to the lack of network devices, the need for qualification and lack of investment in physical, financial and human resources are also pointed out.