Ansiedade contribui para o aumento do grau de dependência da assistência de enfermagem no pós-operatório imediato de cirurgia bariátrica
La ansiedad contribuye a aumentar el grado de dependencia de atención de enfermería en el postoperatorio inmediato de cirugía bariátrica
Anxiety contributes to increasing the degree of dependence on nursing care in the immediate post-operative of bariatric surgery

REME rev. min. enferm; 24 (), 2020
Publication year: 2020

RESUMO Objetivo:

determinar a prevalência dos sintomas de ansiedade e depressão em pacientes no pós-operatório imediato de cirurgia bariátrica, sua relação com os dados sociodemográficos e clínicos, bem como suas implicações sobre o grau de dependência da assistência de Enfermagem.

Metodologia:

estudo analítico, transversal; para a coleta de dados utilizaram-se a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão e o Instrumento de Classificação de Fugulin. Os dados foram expressos por frequências, média e desvio-padrão; comparações feitas por teste qui-quadrado ou teste exato de Fisher ou a razão da máxima verossimilhança; para os cruzamentos dos dados adotaram-se o teste t, ANOVA, Kruskal-Wallise Mann-Whitney, diferenças aceitas quando p≤0,05.

Resultados:

a amostra foi integrada por 49 pacientes predominantemente do sexo feminino (89,8%), idade entre 30 e 39 anos (46,9%), obesidade grau III (71,4%) e com comorbidades (93,9%). Identificou-se que 42,9% possuíam sintomas de ansiedade dos quais 38,1% pontuavam sintomas leves, 52,4% moderados e 9,5% graves. Ainda, 28,6% dos pacientes manifestavam sintomas de depressão, dos quais 78,6% eram leves, 14,3% moderados e 7,1% graves. No grupo de pacientes "com sintomas de ansiedade" o percentual foi estatisticamente maior de indivíduos que demandam cuidados de alta dependência/intensivo (52,4%) do que no grupo "sem sintomas de ansiedade" (21,4%).

Conclusão:

este trabalho demonstra relevante prevalência de sintomas de ansiedade e depressão no pós-operatório imediato de cirurgia bariátrica e que os pacientes com ansiedade dependem de cuidados de Enfermagem de maior complexidade, intervindo diretamente no trabalho assistencial e gerencial de enfermeiro.

RESUMEN Objetivo:

determinar la prevalencia de síntomas de ansiedad y depresión en pacientes en el postoperatorio inmediato de cirugía bariátrica, su relación con los datos sociodemográficos y clínicos, así como sus implicaciones en el grado de dependencia del cuidado de enfermería.

Metodología:

estudio analítico, transversal; para la recogida de datos se utilizaron la escala de ansiedad y depresión hospitalaria y el sistema de clasificación de pacientes de Fugulin. Los datos se expresaron por frecuencias, medias y desviaciones estándar; comparaciones hechas por la prueba chi-cuadrado o el test exacto de Fisher o la razón de máxima verosimilitud; para los cruces de datos se adoptó la prueba t, ANOVA, Kruskal-Wallise Mann-Whitney, se aceptaron diferencias cuando p≤0.05.

Resultados:

la muestra estuvo conformada por 49 pacientes predominantemente mujeres (89.8%), con edades entre 30 y 39 años (46.9%), obesidad grado III (71.4%) y con comorbilidades (93.9% ) Se identificó que el 42.9% tenía síntomas de ansiedad, de los cuales el 38.1% tenía síntomas leves, el 52.4% moderados y el 9.5% severos. Aún así, el 28.6% de los pacientes manifestó síntomas de depresión, de los cuales 78.6% fueron leves, 14.3% moderados y 7.1% severos. En el grupo de pacientes "con síntomas de ansiedad", el porcentaje fue estadísticamente más alto de personas que exigen cuidados de alta dependencia / cuidados intensivos (52.4%) que en el grupo "sin síntomas de ansiedad" (21.4%).

Conclusión:

el estudio muestra una prevalencia relevante de síntomas de ansiedad y depresión en el postoperatorio inmediato de cirugía bariátrica y que los pacientes con ansiedad dependen de cuidados más complejos que afectan directamente los servicios de atención y gestión de enfermería.

ABSTRACT Objective:

to determine the prevalence of anxiety and depression symptoms in patients in the immediate postoperative period of bariatric surgery, their relationship with sociodemographic and clinical data, as well as their implications on the degree of dependence on nursing care.

Methodology:

analytical, cross-sectional study; for data collection, the Hospital Anxiety and Depression Scale and the Fugulin Classification Instrument were used. Data were expressed by frequencies, means and standard deviations; comparisons made by chi-square test or Fisher's exact test or the maximum likelihood ratio; for data crossings, the t test, ANOVA, Kruskal-Wallise Mann-Whitney were adopted, differences accepted when p≤0.05.

Results:

the sample was made up of 49 patients predominantly female (89.8%), aged between 30 and 39 years (46.9%), grade III obesity (71.4%) and with comorbidities (93.9%). It was identified that 42.9% had symptoms of anxiety of which 38.1% had mild symptoms, 52.4% moderate and 9.5% severe. Still, 28.6% of the patients manifested symptoms of depression, of which 78.6% were mild, 14.3% moderate and 7.1% severe. In the group of patients "with symptoms of anxiety" the percentage was statistically higher for individuals who demand high dependency / intensive care (52.4%) than in the group "without symptoms of anxiety" (21.4%).

Conclusion:

this study shows a relevant prevalence of symptoms of anxiety and depression in the immediate postoperative period of bariatric surgery and that patients with anxiety depend on more complex nursing care, intervening directly in the care and managerial work of nurses.