Perfil da mortalidade neonatal no Rio Grande do Norte (2008 - 2017)
Perfil de la mortalidad neonatal en el Estado de Rio Grande do Norte (2008 - 2017)

Av. enferm; 38 (3), 2020
Publication year: 2020

Objetivo:

caracterizar a mortalidade neonatal precoce e tardia no estado do Rio Grande do Norte de 2008 a 2017.

Metodologia:

estudo epidemiológico descritivo, temporal de abordagem quantitativa retrospectiva, com dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) sobre os óbitos neonatais ocorridos entre janeiro de 2008 e dezembro de 2017 no estado do Rio Grande do Norte por local de moradia.

Resultados:

a amostra foi composta de um total de 4.531 óbitos, sendo mais prevalente óbito neonatal precoce (79,65 %), sexo masculino (54,71 %), gestação inferior a 27 semanas (34,05 %), parto do tipo vaginal (49,93 %), recém-nascidos com peso menor que 2.500 g (68,57 %) e mães com escolaridade entre 8 e 11 anos de estudo. Entre 2008, ano inicial de coleta, e 2017, ano final, a mortalidade neonatal apresentou redução de 23,83 %. A mortalidade masculina se apresentou maior que a feminina em todos os anos, com variação entre 0,09 e 0,08 respectivamente. O teste de qui-quadrado de independência mostrou que existe associação entre o tipo de parto e a mortalidade neonatal p < 0,001.

Conclusão:

os dados da pesquisa evidenciam a redução da mortalidade neonatal no estado, ao mesmo tempo que aponta para a necessidade do fortalecimento de ações no período gestacional a fim de evitar condições favoráveis à mortalidade infantil, como a prematuridade e a desnutrição. Outro dado comprovado refere-se ao preenchimento das declarações de nascido vivo e óbito, visto que muitas variáveis apresentaram o item “ignorado” referente ao preenchimento incorreto ou não preenchimento da informação.

Objetivo:

caracterizar la mortalidad neonatal temprana y tardía en el estado de Rio Grande do Norte (Brasil) en el periodo 2008-2017.

Metodología:

estudio epidemiológico descriptivo temporal de enfoque cuantitativo retrospectivo, con datos del Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) sobre muertes neonatales ocurridas entre enero de 2008 y diciembre de 2017 en el estado de Rio Grande do Norte por lugar de residencia.

Resultados:

la muestra consideró un total de 4.531 muertes, siendo las más frecuentes: muerte neonatal temprana (79,65 %), sexo masculino (54,71 %), embarazo de menos de 27 semanas (34,05 %), parto vaginal (49,93 %), recién nacidos con menos de 2,500g de peso (68,57 %) y madres con 8 a 11 años de escolaridad. Entre 2008, el año inicial de recolección, y 2017, el año final, la mortalidad neonatal disminuyó en 23,83 %. La mortalidad masculina fue mayor que la femenina en todos los años, oscilando entre 0,09 y 0,08, respectivamente. La prueba de independencia de chi-cuadrado mostró una asociación entre el tipo de parto y la mortalidad neonatal p < 0,001.

Conclusión:

los datos de la investigación muestran una reducción de la mortalidad neonatal en la región de estudio, al tiempo que señalan la necesidad de fortalecer algunas acciones en el período gestacional para evitar condiciones que favorezcan la mortalidad infantil, como el nacimiento prematuro y la desnutrición. Otros datos se refieren al diligenciamiento de declaraciones de neonatos vivos y defunciones, debido a que muchas variables presentaron el ítem “ignorado”, refiriéndose al suministro de información incorrecta o incompleta.

Objective:

To characterize early and late neonatal mortality in the state of Rio Grande do Norte (Brazil) from 2008 to 2017.

Methodology:

Descriptive, temporal epidemiological study under a retrospective quantitative approach, with data from the SUS Department of Informatics (DATA-SUS) on neonatal deaths occurred between January 2008 and December 2017 in the state of Rio Grande do Norte by place of residence.

Results:

The sample consisted of a total of 4,531 deaths, the most prevalent being: early neonatal death (79.65 %),male gender (54.71 %), pregnancy of less than 27 weeks (34.05 %), childbirth type (49.93 %), newborns weighing less than 2,500g (68.57 %), and mothers with 8 to 11 years of schooling. Between 2008, the initial year of collection, and 2017, the final year, neonatal mortality decreased by 23.83 %. Male mortality was higher than female in all years, ranging between 0.09 and 0.08, respectively. The chi-square independence test showed an association between type of delivery and neonatal mortality of p < 0.001.

Conclusion:

Research data show a reduction of neonatal mortality in the RN state, while pointing the need to strengthen actions during the gestational period in order to avoid conditions favorable to infant mortality such as prematurity and malnutrition. Other proven data refers to the filing of “live birth” or “death” statements, where several variables presented the item “ignored,” referring to incorrect or non-filling information.