Vivências maternas em situação de morte fetal
Mothers' experiences of fetal death
Experiencias maternas en situación de muerte fetal

Referência; serV (3), 2020
Publication year: 2020

Enquadramento:

Portugal regista uma taxa de mortalidade perinatal de 3,5% em 2019, verificando-se assim, um dos valores mais baixos nos últimos 10 anos. A morte fetal é uma das experiências mais traumáticas que a mulher pode experimentar.

Objetivo:

Analisar os sentimentos/vivências das mulheres em situação de morte fetal.

Metodologia:

Assenta num estudo transversal, descritivo com uma abordagem qualitativa. Amostragem não probabilística, de conveniência. Incluiu 10 entrevistas semiestruturadas a mulheres que vivenciaram morte fetal. Utilizado software IRaMuTeQ , versão 0.7 alpha 2.

Resultados:

As mulheres encaram a morte fetal como uma experiência dolorosa, é evidenciada a transmissão da notícia da morte fetal, como fria e pouco humana. Demonstram satisfação nos cuidados prestados pelos enfermeiros EESMO ao salientarem a componente relacional. As mulheres ressaltaram a falta de informação e de preparação para a alta.

Conclusão:

Desenvolvimento de atividades formativas direcionadas aos enfermeiros que contactam com situações de mulheres que vivenciam morte fetal, no sentido de realizarem uma prática baseada em evidências científicas, nomeadamente no que concerne à comunicação e relação interpessoal.

Background:

In 2019, the perinatal mortality rate in Portugal was 3.5%, one of the lowest rates in the past 10 years. Fetal death is one of the most traumatic experiences that women can face.

Objective:

To analyze women's feelings/experiences in situations of fetal death.

Methodology:

Cross-sectional descriptive study with a qualitative approach. Non-probability convenience sampling. Ten semi-structured interviews with women who experienced fetal death. IRaMuTeQ software, version 0.7 alpha 2, was used.

Results:

Women reported that fetal death was a painful experience and that the news of fetal death had been delivered to them in a cold and inhuman way. They were satisfied with the care provided by the nurses, and highlighted the relational component. They also pointed out the lack of information and the preparation for hospital discharge.

Conclusion:

Training activities aimed at the development of evidence-based practices should be implemented for the nurses who contact with women who experience fetal death, particularly regarding communication and interpersonal relationships.

Marco contextual:

Portugal registró una tasa de mortalidad perinatal de 3,5% en 2019, una de las cifras más bajas de los últimos 10 años. La muerte fetal es una de las experiencias más traumáticas que una mujer puede experimentar.

Objetivo:

Analizar los sentimientos/las experiencias de las mujeres en situación de muerte fetal.

Metodología:

Se basa en un estudio transversal y descriptivo con un enfoque cualitativo. Muestreo no probabilístico y de conveniencia. Incluyó 10 entrevistas semiestructuradas a mujeres que experimentaron una muerte fetal. Se usó el programa IRaMuTeQ, versión 0.7 alfa 2.

Resultados:

Las mujeres consideran la muerte fetal como una experiencia dolorosa, se evidencia una transmisión de la noticia de la muerte fetal como fría y poco humana. Muestran satisfacción en los cuidados prestados por los enfermeros EESMO al destacar el componente relacional. Las mujeres resaltaron la falta de información y de preparación para el alta.

Conclusión:

Desarrollo de actividades formativas dirigidas a enfermeros que tienen contacto con mujeres que experimentan una muerte fetal, con el fin de realizar una práctica basada en pruebas científicas, concretamente en lo que respecta a la comunicación y la relación interpersonal.