Estratégias de notificação de parceiros sexuais de pessoas com infecções sexualmente transmissíveis: ensaio clínico randomizado
Estrategias para reportar parejas sexuales de personas con enfermedades de transmisión sexual: ensayo clínico randomizado
Strategies for notifying sexual partners of people with sexually transmitted infections: a randomized clinical trial*

Rev. Esc. Enferm. USP; 54 (), 2020
Publication year: 2020

RESUMO Objetivo Comparar a efetividade da comunicação verbal e por cartão no comparecimento de parceiros sexuais de pessoas com infecções sexualmente transmissíveis com fatores associados ao seu êxito. Método Ensaio clínico, controlado, randomizado, cuja intervenção consistiu no oferecimento de um cartão de notificação para os pacientes-índices entregarem aos seus parceiros. Resultados A amostra foi de 189 pacientes-índices, 94 do grupo controle que convidaram verbalmente os parceiros sexuais para atendimento e 95 do grupo intervenção que levaram o cartão de notificação de parceiros como forma de convite para atendimento. Houve comparecimento de 52,6% dos parceiros convidados por cartão, e 43,6% dos convidados verbalmente, mas sem diferença estatística significativa (p=0,215).

Os fatores associados ao não êxito no comparecimento de parceiros foram:

não residir com o parceiro (p=0,0001), não ter parceiros fixos (p=0,0001), ter parceria casual (p=0,028) e usar preservativo com parceiro fixo (p=0,045). O tipo de infecção não influenciou a vinda do parceiro. Conclusão Face à ausência de maior efetividade na notificação por cartão, recomenda-se outro modelo de cartão contendo informações destinadas a parceiros para ser usado combinado a outros métodos.

Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos:

RBR-7jp5mr.
RESUMEN Objetivo Comparar efectividad de comunicación oral y por tarjeta en la comparecencia de parejas sexuales de personas con enfermedades de transmisión sexual y factores asociados a su éxito. Método Ensayo clínico, controlado, randomizado, con participación consistente en entrega de tarjeta informativa para que los pacientes indicados entreguen a sus parejas. Resultados Muestra de 189 pacientes indicados, 94 del grupo control, que invitaron verbalmente a sus parejas sexuales para atención, y 95 del grupo intervención, que entregaron tarjeta de reporte de parejas como medio de citación a su atención. Comparecieron 52,6% de las parejas invitadas vía tarjeta, y 43,6% de citados oralmente, sin diferencia estadísticamente significante (p=0,215).

Los factores asociados al fracaso de la comparecencia de parejas fueron:

no residir con la pareja (p=0,0001), tener una relación casual (p=0,028) y utilizar preservativos con la pareja fija (p=0,045). El tipo de infección no influyó en la comparecencia de la pareja. Conclusión Considerando carencia de mayor efectividad del reporte vía tarjeta, se recomienda otro modelo de la misma incluyendo información destinada a parejas para utilizarse combinada con otros métodos.

Registro Brasileño de Ensayos Clínicos:

RBR-7jp5mr.
ABSTRACT Objective To compare the effectiveness of verbal communication and communication by card in getting sexual partners of people with sexually transmitted infections to attend a health service and the factors associated with the success of these types of communication. Method Clinical, controlled, and randomized study, whose intervention was offering a reporting card for index patients to hand to their sexual partners. Results The sample was 189 index patients, 94 of whom were in the control group, and verbally invited their sexual partners to receive care, and 95 were allocated to the intervention group, and took their partner's reporting card to their partners as a way to invite them to receive care. The percentage of partners invited by card who came to the service was 52.6%, in contrast with 43.6% among partners who were invited verbally, but no significant statistical difference was found (p=0.215).

The factors associated with failure to convince partners to come to the service were:

not living with the partner (p=0.0001); not having a steady partner (p=0.0001); having casual partners (p=0.028); and using condoms with a steady partner (p=0.045). The infection type did not influence the studied partners' visits to the service. Conclusion Given the failure to achieve effectiveness when applying the reporting by card, the authors recommend another card model containing information for partners to be used in combination with other methods.

Brazilian Clinical Trials Registry:

RBR-7jp5mr.