Capacidade funcional e qualidade de vida de pessoas idosas internadas no serviço de emergência
Capacidad funcional y calidad de vida de los ancianos ingresados en el servicio de urgencias
Functional capacity and quality of life of elderly people admitted to emergency service

Rev. Esc. Enferm. USP; 54 (), 2020
Publication year: 2020

RESUMO Objetivo:

Correlacionar a capacidade funcional e a qualidade de vida de pessoas idosas internadas no serviço de emergência.

Método:

Trata-se de um estudo transversal e analítico, realizado com idosos internados no serviço de emergência de um hospital universitário no município de São Paulo, entre dezembro de 2015 e janeiro de 2017. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, utilizando questionário estruturado, o Medical Outcome Study 36, a Escala de Independência em Atividades de Vida Diária e a Medida de Independência Funcional.

Resultados:

Participaram 250 idosos com média de idade 71,9 anos, sexo masculino (56,8%), cor de pele branca (67,2%), casados (54,0%), baixa escolaridade (32,0%), baixa renda (58,0%), com comorbidades (81,2%) e provedores do lar (53,6%). As dimensões da qualidade de vida mais comprometidas foram aspecto físico (11,4%), aspecto emocional (21,6%) e capacidade funcional (25,2%). Sobre a capacidade funcional, caracterizou-se independência para as Atividades Básicas de Vida Diária, e dependência moderada, para as Atividades Instrumentais de Vida Diária. Quanto maior os escores da Medida de Independência Funcional maiores foram os escores de qualidade de vida.

Conclusão:

Quanto mais independente o idoso, melhor é sua qualidade de vida.

RESUMEN Objetivo:

Correlacionar la capacidad funcional y la calidad de vida de los ancianos hospitalizados en el servicio de urgencias.

Método:

Se trata de un estudio transversal y analítico, realizado con ancianos ingresados en el servicio de urgencias de un hospital universitario de la ciudad de São Paulo, entre diciembre de 2015 y enero de 2017. Los datos fueron recolectados a través de entrevistas, utilizando un cuestionario estructurado, el Medical Outcome Study 36, el Indice de Katz de Independencia en las Actividades de la Vida Diaria y la medida de independencia funcional.

Resultados:

Participaron 250 ancianos, con edad promedio de 71,9 años, varones (56,8%), color de piel blanca (67,2%), casados (54,0%), baja escolaridad (32,0%), rentas bajas (58,0%), con comorbilidades (81,2%) y proveedores a domicilio (53,6%). Las dimensiones de calidad de vida más comprometidas fueron aspecto físico (11,4%), aspecto emocional (21,6%) y capacidad funcional (25,2%). En cuanto a la capacidad funcional, se caracterizó la independencia para las Actividades Básicas de la Vida Diaria y la dependencia moderada para las Actividades Instrumentales de la Vida Diaria. Cuanto mayor sea la puntuación de la medida de independencia funcional, mayor será la puntuación de la calidad de vida.

Conclusión:

Cuanto más independientes son los ancianos, mejor es su calidad de vida.

ABSTRACT Objective:

To correlate the functional capacity and quality of life of elderly people admitted to emergency service.

Method:

This is a cross-sectional and analytical study carried out with elderly patients admitted to a university hospital's emergency service in the city of São Paulo, between December 2015 and January 2017. Data were collected through interviews using a structured questionnaire, the Medical Outcome Study 36, the Katz of Independence in Activities of Daily Living, and the Functional Independence Measure.

Results:

Two hundred fifty elderly people with a mean age of 71.9 years, male (56.8%), white in color (67.2%), married (54.0%), with low education (32.0%), low income (58.0%), with comorbidities (81.2%) and home providers (53.6%) have participated. The most compromised Quality of Life dimensions were physical aspect (11.4%), emotional aspect (21.6%) and functional capacity (25.2%). Concerning functional capacity, independence was characterized for Basic Activities of Daily Living and moderate dependence for Instrumental Activities of Daily Living. The higher the scores of the Functional Independence Measure, the higher the quality of life scores.

Conclusion:

The more independent the elderly the better their quality of life.