Marcadores da autopercepção positiva de saúde de pessoas idosas no Brasil
Marcadores de la autopercepción positiva de la salud de personas mayores en Brasil
Positive self-perceived health markers in the older adult population in Brazil

Acta Paul. Enferm. (Online); 34 (), 2021
Publication year: 2021

Resumo Objetivo:

Analisar os determinantes demográficos e socioeconômicos que podem influenciar a autopercepção positiva de saúde de pessoas idosas no Brasil.

Métodos:

Estudo quantitativo de natureza descritiva que utiliza dados da Pesquisa Nacional de Saúde realizada em 2013 que constituí uma amostra ponderada de 11,8 milhões de idosos residentes no Brasil. A variável desfecho analisada é a autopercepção de saúde e foi categorizada em positiva e negativa.

As variáveis independentes contemplam três dimensões:

sociodemográficas, estilo de vida e aspectos de saúde. As análises foram apresentadas em forma de razão de chances obtidas através da aplicação do modelo de regressão logístico binário.

Resultados:

Os resultados evidenciam, tanto para homens quanto para mulheres, que ter se autodeclarado branco, não apresentar doenças crônicas ou incapacidades funcionais, ter um estilo de vida mais saudável (nunca ter fumado e ter participado de atividades de interação social religiosa com maior frequência), e níveis de escolaridade mais elevados contribuem para que as chances sejam maiores de uma percepção positiva da saúde. Pessoas idosas com ensino médio completo e superior incompleto apresentaram três vezes maiores chances de percepção positiva da saúde em relação aos idosos sem o nível fundamental completo.

Conclusão:

O estudo identificou os determinantes sociais de saúde dos idosos e a relação com uma percepção positiva da saúde. Identificar e analisar estas associações são pontos importantes para a elaboração de políticas públicas específicas, visando a equidade e a promoção da saúde.

Resumen Objetivo:

Analizar los determinantes demográficos y socioeconómicos que pueden influir en la autopercepción positiva de la salud de personas mayores en Brasil.

Métodos:

Estudio cuantitativo de naturaleza descriptiva que utiliza datos de la Encuesta Nacional de Salud realizada en 2013, que constituye una muestra ponderada de 11,8 millones de adultos mayores residentes en Brasil. La variable de resultado analizada es la autopercepción de la salud y fue categorizada en positiva y negativa.

Las variables independientes contemplan tres dimensiones:

sociodemográficas, estilo de vida y aspectos de la salud. Los análisis se presentaron en forma de razón de momios obtenidos mediante la aplicación del modelo de regresión logística binario.

Resultados:

Los resultados evidencian que, tanto en hombres como en mujeres, haberse autodeclarado blanco, no presentar enfermedades crónicas o incapacidades funcionales, tener un estilo de vida más saludable (nunca haber fumado y haber participado en actividades de interacción social religiosa con mayor frecuencia) y tener un nivel de escolaridad más elevado contribuyen para que las probabilidades de una percepción positiva de la salud sean mayores. Personas mayores con educación secundaria completa y educación superior incompleta presentaron probabilidades tres veces mayores de una percepción positiva de la salud con relación a los adultos mayores sin el nivel primario completo.

Conclusión:

El estudio identificó los determinantes sociales de salud de los adultos mayores y la relación con una percepción positiva de la salud. Identificar y analizar estas relaciones son puntos importantes para la elaboración de políticas públicas específicas, que busquen equidad y promoción de la salud.

Abstract Objective:

To analyze the demographic and socioeconomic determinants that can influence the positive self-perceived health of older adult people in Brazil.

Method:

A quantitative and descriptive study using data from the Brazilian National Health Survey conducted in 2013. This survey constituted a weighted sample of 11.8 million older people living in Brazil. The outcome variable analyzed is self-perceived health, and was categorized as positive and negative.

The independent variables contemplate three dimensions:

sociodemographic, lifestyle and health aspects. The analyzes were presented as Odds Ratio obtained by applying the binary logistic regression model.

Results:

The results show, for both men and women, that having declared themselves white, not having chronic illnesses or functional disabilities, having a healthier lifestyle (never having smoked and having participated in religious social interaction activities more frequently) and higher levels of education contribute to the chances of a better perception of health being greater. Older people with complete high school and incomplete higher education were three times more likely to have a positive perception of health than those without complete elementary school.

Conclusion:

This study identified the social determinants of health of older persons and the relationship with a positive perception of health. Identifying and analyzing these associations are important points for the elaboration of specific public policies, aiming at equity and health promotion.