Lesões músculo-esqueléticas em jovens desportistas: estudo da prevalência e dos fatores associados
Lesiones musculoesqueléticas en deportistas jóvenes: estudio de prevalencia y factores asociados

rev. cuid. (Bucaramanga. 2010); 12 (1), 2021
Publication year: 2021

Introdução:

As lesões músculo-esqueléticas são frequentes e exercem forte impacto na saúde dos jovens desportistas.

Objetivo:

Identificar a prevalência e fatores associados a lesões músculo-esqueléticas em jovens desportistas.

Materiais e Métodos:

Estudo quantitativo, transversal, com uma componente analítica, que utilizou uma amostra do tipo não probabilístico por conveniência, constituída por 108 jovens desportistas de dois clubes desportivos das zonas Centro e Norte de Portugal.

O instrumento de recolha de dados integrava variáveis de caracterização:

sociodemográfica, antropométrica e contextual à prática desportiva. Integrava ainda o Questionário Nórdico Músculo-Esquelético para avaliar as lesões.

Resultados:

Verificou-se uma prevalência de 43,5% de lesões músculo-esqueléticas, localizando-se estas nos ombros (34,3%), pernas/joelhos (34,3%), coluna lombar (23,1%), coluna cervical (15,7%), tornozelos/pés (12,0%) e cotovelos (11,1%). Os fatores associados com significância estatística (p<0.005) foram: o habitar em meio rural, possuir índices de massa corporal mais elevados, usar a mochila apenas num ombro, pertencer ao grupo de juvenis, ter histórico de lesões anteriores, e existência de paragens no percurso do desportivo.

Discussão:

os valores de prevalência de lesões são superiores aos de outros estudos, tendo variáveis multifatoriais como fatores associados que necessitam de um maior enfoque no cuidar especializado da enfermagem.

Conclusões:

A prevalência das LME nos jovens desportistas é de facto elevada e está associada a alguns fatores sociodemográficos, antropométricos e contextuais à prática desportiva, o que justifica a implementação de programas de prevenção das lesões e promoção da qualidade de vida dos jovens desportistas por parte dos profissionais de saúde.

Introduction:

Musculoskeletal injuries (MSIs) are common, causing a strong impact on the health of young athletes.

Objective:

To identify the prevalence and factors associated with musculoskeletal injuries in young athletes.

Materials and Methods:

A qualitative cross-functional analytical study was conducted with a non-probability convenience sample made up of 108 young athletes from two sports clubs located in central and northern Portugal. Sociodemographic, anthropometric and contextual variables were included in the data collection instrument. The Nordic musculoskeletal questionnaire was also used to assess injuries.

Results:

A prevalence of 43.5% was found in localized musculoskeletal injuries in shoulders (34.3%), legs/knees (34.3%), lumbar spine (23.1%), cervical spine (15.7%), ankles/feet (12.0%), and elbows (11.1%). Factors associated with statistical significance (p<0.005) included living in rural areas, having a higher body mass index, forming part of the youth group, and having a history of previous injuries and exercise interruptions.

Discussion:

The prevalence of injuries was found to be higher than in other studies since multifactorial variables work as associated factors that require more specialized nursing care.

Conclusions:

The prevalence of MSIs in young athletes is certainly high, which is related to some sociodemographic, anthropometric and contextual factors in the sports practice. Therefore, healthcare professionals need to implement injury prevention programs and promote quality of life in young athletes.

Introducción:

Las lesiones musculoesqueléticas son frecuentes y tienen un fuerte impacto en la salud de los atletas jóvenes.

Objetivo:

identificar la prevalencia y los factores asociados con lesiones musculoesqueléticas en atletas jóvenes.

Materiales y Método:

Estudio cuantitativo, transversal, con un componente analítico, que utilizó una muestra del tipo no probabilístico por conveniencia, que consta de 108 jóvenes deportistas de dos clubes deportivos en las áreas central y norte de Portugal.

El instrumento de recolección de datos integró variables de caracterización:

sociodemográficas, antropométricas y contextuales al deporte. También incluyó el Cuestionario musculoesquelético nórdico para evaluar las lesiones.

Resultados:

hubo una prevalencia del 43,5% de las lesiones musculoesqueléticas, localizadas en los hombros (34,3%), piernas / rodillas (34,3%), columna lumbar (23,1%), columna cervical (15.7%), tobillos / pies (12.0%) y codos (11.1%). Los factores asociados con la significación estadística (p <0,005) fueron: vivir en áreas rurales, tener índices de masa corporal más altos, usar la mochila solo en un hombro, pertenecer al ango juvenil, tener antecedentes de lesiones previas y la existencia de paradas en el campo desportivo.

Discusión:

los valores de prevalencia de lesiones son más altos que los de otros estudios, con variables multifactoriales como factores asociados que necesitan un mayor enfoque en atención de enfermería especializada.

Conclusiones:

La prevalencia de LME en deportistas jóvenes es de hecho, alta y está asociada con algunos factores sociodemográficos, antropométricos y contextuales para la práctica deportiva, lo que justifica la implementación de programas de prevención de lesiones y la promoción de la calidad de vida de los deportistas jóvenes por parte de los profesionales de salud.