Violência física, abuso verbal e assédio sexual sofridos por enfermeiros do atendimento pré-hospitalar

Enferm. foco (Brasília); 11 (6), 2020
Publication year: 2020

Objetivo:

Identificar os tipos de violência sofridos pelos enfermeiros do APH móvel.

Métodos:

Estudo descritivo. A coleta de dados ocorreu de julho a setembro de 2018, em unidades de atendimento pré-hospitalar, no município do Rio de Janeiro. Utilizou-se questionário contendo perguntas sobre violência no trabalho, respondidos por 67 enfermeiros. Os dados foram analisados a partir de frequências absolutas e relativas.

Resultados:

Identificou-se que 49,2% (n=33) dos participantes sofreram violência física, 86,6% (n=58) abuso verbal e 16,4% (n=11) assédio sexual no ambiente de trabalho. Destacaram-se como autores das violências pacientes e seus familiares, público em geral, superior hierárquico, colegas de trabalho, funcionários de serviços de apoio e traficantes. As violências ocorreram nas vias públicas, residências, comunidades, interior das ambulâncias e bases de atendimento pré-hospitalar. Evidenciou-se predomínio das agressões verbais durante as atividades laborais.

Conclusão:

Faz-se urgente a discussão sobre o fenômeno da violência com a participação de gestores e profissionais para a elaboração de programas institucionais que reconheçam a periculosidade do trabalho pré-hospitalar. Assim como a sensibilização da sociedade, conselhos e sindicatos de classe e órgãos responsáveis voltados à saúde do trabalhador para proteção contra a violência e promoção de um ambiente laboral saudável. (AU)

Objective:

Identify the types of violence suffered by nurses working in mobile pre-hospital care.

Methods:

Descriptive study. Data collection took place from July to September 2018, in pre-hospital care units, in the city of Rio de Janeiro. A questionnaire containing questions about violence at work was used, answered by 67 nurses. The data were analyzed using absolute and relative frequencies.

Results:

It was identified that 49.2% (n = 33) of the participants suffered physical violence, 86.6% (n = 58) verbal abuse and 16.4% (n = 11) sexual harassment in the workplace. Patients and their families, the general public, superiors, coworkers, support service employees and traffickers stood out as authors of the violence. Violences occurred on public roads, homes, communities, inside ambulances and bases for pre-hospital care. There was a predominance of verbal aggressions during work activities.

Conclusion:

There is an urgent discussion on the phenomenon of violence with the participation of managers and professionals for the development of institutional programs that recognize the dangerousness of pre-hospital work. As well as sensitizing society, class councils, unions, and responsible bodies focused on workers’ health to protect against violence and promote a healthy work environment. (AU)

Objetivo:

Identificar los tipos de violencia que sufren los enfermeros que laboran en la atención prehospitalaria móvil.

Métodos:

Estudio descriptivo. La recolección de datos se realizó de julio a septiembre de 2018, en unidades de atención prehospitalaria, en la ciudad de Río de Janeiro. Se utilizó un cuestionario con preguntas sobre violencia en el trabajo, respondido por 67 enfermeras. Los datos se analizaron utilizando frecuencias absolutas y relativas.

Resultados:

Se identificó que el 49,2% (n = 33) de los participantes sufrió violencia física, el 86,6% (n = 58) abuso verbal y el 16,4% (n = 11) acoso sexual en el lugar de trabajo. Destacaron como autores de actos de violencia contra pacientes y sus familias, público en general, superiores jerárquicos, compañeros de trabajo, empleados de servicios de apoyo y traficantes. Las violencias ocurrieron en vías públicas, domicilios, comunidades, dentro de ambulancias y bases de atención prehospitalaria. Hubo un predominio de las agresiones verbales durante las actividades laborales.

Conclusión:

Hay una discusión urgente sobre el fenómeno de la violencia con la participación de gestores y profesionales para el desarrollo de programas institucionales que reconozcan la peligrosidad del trabajo prehospitalario. Además de sensibilizar a la sociedad, los consejos de clase y los sindicatos y los órganos responsables se centraron en la salud de los trabajadores para proteger contra la violencia y promover un entorno laboral saludable. (AU)