Empreendedorismo e suporte familiar em estudantes de enfermagem do Brasil e Chile
Tendencia emprendedora y apoyo familiar en estudiantes de enfermería de Brasil y Chile
Entrepreneurship and family support in nursing students from Brazil and Chile

Acta Paul. Enferm. (Online); 34 (), 2021
Publication year: 2021

Resumo Objetivo:

Associar a tendência empreendedora geral e o suporte familiar percebido entre estudantes de Enfermagem do Brasil e Chile.

Métodos:

Estudo transversal com dados de estudantes de cinco instituições superiores de ensino, coletados de março a setembro de 2018.

Foram utilizados:

formulário para avaliação sociodemográfica, questionário de Tendência Empreendedora Geral (TEG) e Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF). Foram ajustados modelos de regressão logística simples e modelos de regressão multinomial.

Resultados:

Dos 889 estudantes participantes, 82% eram mulheres, 60% tinham idade entre 20 e 25 anos e 55% eram de instituição particular de ensino. TEG baixa ou muito baixa foi predominante nos dois países (Brasil=83,5%; Chile=78,4%), além de baixos índices de percepção de suporte familiar. Não foram encontradas associações diretas entre o TEG e o IPSF. No Chile houve associação positiva entre a chance de a categoria impulsividade que compõe a TEG ser médio e alto com o fator autonomia familiar ser alto [OR=1,16 (1,07-1,26);p<0,01].

Conclusão:

A autonomia familiar percebida pode moderar, ainda que discretamente, características importantes como a impulsividade, não sendo suficiente para elevar a tendência empreendedora desses estudantes a patamares satisfatórios. O apoio social mais adequado para promover o comportamento empreendedor dos estudantes parece ser o incentivo acadêmico na instituição educacional, tornando-se necessária a adequação pedagógica ao público feminino e às características culturais de cada país. Outras pesquisas devem ser realizadas.

Resumen Objetivo:

Relacionar la tendencia emprendedora general y el apoyo familiar percibido en estudiantes de enfermería de Brasil y Chile.

Métodos:

Estudio transversal con datos de estudiantes de cinco instituciones de educación superior, recolectados de marzo a septiembre de 2018. Se utilizó un formulario para la evaluación sociodemográfica, el cuestionario Tendencia Emprendedora General (TEG) y el Inventario de Percepción de Apoyo Familiar (IPAF). Fueron ajustados modelos de regresión logística simple y modelos de regresión multinomial.

Resultados:

De los 889 estudiantes participantes, el 82 % eran mujeres, el 60 % tenían entre 20 y 25 años y el 55 % pertenecían a una institución educativa privada. La TEG baja o muy baja fue predominante en los dos países (Brasil = 83,5 %; Chile = 78,4 %), además de índices bajos de percepción de apoyo familiar. No se encontraron relaciones directas entre la TEG y el IPAF. En Chile, hubo una relación positiva entre la posibilidad de que la categoría impulsividad que compone la TEG sea media y alta y el factor autonomía familia sea alto [OR=1,16 (1,07-1,26);p<0,01].

Conclusión:

La autonomía familiar percibida puede moderar, aunque sea de forma discreta, características importantes como la impulsividad, pero no es suficiente para elevar la tendencia emprendedora de estos estudiantes a niveles satisfactorios. El apoyo social más adecuado para promover el comportamiento emprendedor de los estudiantes parece ser el incentivo académico en la institución educativa, por lo que se torna necesaria una adaptación pedagógica al público femenino y a las características culturales de cada país. Deben realizarse otras investigaciones.

Abstract Objective:

To associate the general entrepreneurial tendency and perceived family support among nursing students from Brazil and Chile.

Methods:

A cross-sectional study with data from students from five higher education institutions, collected from March to September 2018. A form, a General Enterprising Tendency (GET) test and a Perceived Family Support Inventory (Inventário de Percepção de Suporte Familiar - IPSF) were used for sociodemographic assessment. Simple logistic regression models and multinomial regression models were adjusted.

Results:

Of the 889 participating students, 82% were women, 60% were between 20 and 25 years old and 55% were from a private educational institution. Low or very low GET was predominant in both countries (Brazil=83.5%; Chile=78.4%), in addition to low levels of perception of family support. No direct associations were found between GET and IPSF. In Chile, there was a positive association between the chance that the drive category that makes up the GET is medium and high with the family autonomy factor being high [OR=1.16 (1.07-1.26); p<0.01].

Conclusion:

Perceived family autonomy can moderate, albeit discreetly, important characteristics such as drive, not being enough to raise the entrepreneurial tendency of these students to satisfactory levels. The most appropriate social support to promote students' entrepreneurial behavior seems to be academic incentive in the educational institution. Thus, it is necessary to adapt pedagogically to the female audience and to the cultural characteristics of each country. Further research must be carried out.