Non-suicidal self-injury experiences for adolescents who self-injured - contributions of winnicott's psychoanalytic theory
Experiencias de autolesión no suicida para adolescentes que se autolesionan: contribuciones de la teoría psicoanalítica winnicottiana
Experiências da autolesão não suicida para adolescentes que se autolesionaram - contribuições da teoria psicanalítica winnicottiana

Texto & contexto enferm; 30 (), 2021
Publication year: 2021

ABSTRACT Objective:

to identify and analyze the elements present in non-suicidal self-injury experiences by adolescents who self-injured.

Method:

a qualitative research, with data collection conducted from August to October 2019 through individual therapeutic consultations, mediated by the dialogical resource Drawing-Story with Theme Procedure. Participants were eight adolescents who reported self-injury in a school of a municipality in the countryside of São Paulo, Brazil. Thematic analysis was developed from data anchored in Winnicott's psychoanalytic theory.

Results:

two thematic categories were identified: "I think nobody cares about me" and "I do not see the colors I used to see before". The elements present in adolescents' experiences on non-suicidal self-injury highlighted the importance of a physical and relational environment that offers holding and is able to integrate characteristics of the adolescence process itself. The importance of a family and peer support network, as well as the need for family, school and health professionals to be involved in coping with and preventing non-suicidal self-injury stands out.

Conclusion:

non-suicidal self-injury is a multiple phenomenon, closely related to the environment, which deserves attention and care in the field of child and adolescent health. The issues present in the process of becoming an adolescent emerge as essential elements for understanding and coping with non-suicidal self-injury. Due to their multiple characteristics, coping and prevention policies should include several areas, such as health, education, and social assistance. The presence of mental health programs in schools is fundamental.

RESUMEN Objetivo:

identificar y analizar los elementos presentes en la experiencia de autolesión no suicida por parte de adolescentes que se autoinsultan.

Método:

uma investigación cualitativa, con recolección de datos realizada de agosto a octubre de 2019 a través de Consultas Terapéuticas Individuales, mediadas por el procedimiento dialógico Procedimiento Dibujo-Historia con Tema. Los participantes fueron ocho adolescentes que refirieron autolesiones en una escuela de una ciudad del interior de São Paulo, Brasil. El análisis temático se desarrolló a partir de los datos, anclado en la teoría psicoanalítica winnicottiana.

Resultados:

se identificaron dos categorías temáticas: "creo que no soy importante para nadie"; y "no veo los colores de antes". Los elementos presentes en las vivencias de los adolescentes sobre la autolesión no suicida resaltaron la importancia de un entorno, físico y relacional, que ofrezca agarre y sea capaz de integrar características del propio proceso del adolescente. Se destaca la importancia de tener una red de apoyo familiar y de pares, así como la necesidad de que la familia, la escuela y los profesionales de la salud se involucren en el afrontamiento y la prevención de las autolesiones no suicidas.

Conclusión:

la autolesión no suicida es un fenómeno múltiple, íntimamente relacionado con el medio ambiente, que merece atención y cuidado en el área de la salud infantil y adolescente. Los temas presentes en el proceso de la adolescencia surgen como elementos esenciales para comprender y afrontar la autolesión no suicida. Por sus múltiples características, las políticas de afrontamiento y prevención deben cubrir varias áreas, como la salud, la educación y la asistencia social. La presencia de programas de salud mental en las escuelas es fundamental.

RESUMO Objetivo:

identificar e analisar os elementos presentes na experiência da autolesão não suicida por adolescentes que se autolesionaram.

Método:

pesquisa qualitativa, com coleta de dados realizada no período de agosto a outubro de 2019 por meio de Consultas Terapêuticas Individuais, mediadas pelo recurso dialógico Procedimento Desenho-Estória com Tema. As participantes foram oito adolescentes que referiram autolesão em uma escola de um município do interior de São Paulo, Brasil. A análise temática foi desenvolvida a partir dos dados, ancorada na teoria psicanalítica winnicottiana.

Resultados:

foram identificadas duas categorias temáticas: "acho que não tenho importância para ninguém"; e "não vejo o colorido de antes". Os elementos presentes nas experiências das adolescentes sobre a autolesão não suicida destacaram a importância de um ambiente, físico e relacional, que ofereça holding e seja capaz de integrar características do próprio processo do adolescer. Destaca-se a importância da existência de uma rede de apoio familiar e de pares, assim como a necessidade da família, escola e profissionais de saúde se implicarem no enfrentamento e prevenção da autolesão não suicida.

Conclusão:

a autolesão não suicida é um fenômeno múltiplo, intimamente relacionado com o ambiente, que merece atenção e cuidado na área da saúde da criança e do adolescente. As questões presentes no processo de adolescer emergem como elementos essenciais para a compreensão e enfrentamento da autolesão não suicida. Por sua característica múltipla, as políticas de enfrentamento e prevenção devem abarcar diversas áreas, como saúde, educação e assistência social. A presença de programas de saúde mental nas escolas faz-se fundamental.