Processamento endoscópico: quais são os gaps na prática clínica?
Endoscopic processing: what are the gaps in clinical practice?

Rev. eletrônica enferm; 23 (), 2021
Publication year: 2021

Objetivo:

Identificar na prática clínica gaps que interferem na efetividade do processamento endoscópico.

Método:

Revisão integrativa de artigos publicados entre 2008–2020, identificados em bases de dados por meio de descritores controlados em Ciências da Saúde, adotando-se a estratégia PICO. Os gaps identificados foram classificados segundo nível de evidência (IA, IB, IC, II).

Resultados:

Foram encontrados 18 artigos registrando 64 gaps, 26,6% no nível de evidência IA e 40,6% IB, predominando: ausência/inadequação da secagem (55,5%), limpeza manual sem escovação dos canais/escovas inapropriadas (50%), omissão do teste de vedação (38,8%), inadequações no armazenamento (33,3%) e no uso da solução desinfetante (27,7%), tempo de imersão ou monitorização da concentração mínima eficaz, ausência de pré-limpeza (16,6%), transporte incorreto para a sala de processamento (11,1%).

Conclusão:

As diretrizes fortemente recomendadas por entidades internacionais e nacional têm sido descumpridas, representando aspectos críticos no processamento dos endoscópios que implicam em potenciais falhas na segurança do paciente.

Objective:

This paper aimed to identify gaps in clinical practice that interfere with the effectiveness of endoscopic processing.

Method:

Integrative review of articles published between 2008 and 2020, identified in databases through controlled descriptors in Health Sciences, adopting the PICO strategy. The identified gaps were classified according to the level of evidence (IA, IB, IC, II).

Results:

Eighteen articles were found, recording 64 gaps, 26.6% at the level of evidence IA and 40.6% IB, predominating: absence/inadequate drying (55.5%), manual cleaning without brushing the inappropriate channels/brushes (50%), omission of the sealing test (38.8%), inadequate storage (33.3%) and use of the disinfectant solution (27.7%), time of immersion or monitoring of the minimum effective concentration, absence of pre-cleaning (16.6%), incorrect transportation to the processing room (11.1%).

Conclusion:

It was concluded that guidelines strongly recommended by international and national entities have been breached, representing critical aspects in the processing of endoscopes that imply potential failures in patient safety.