Rev. enferm. UFPE on line; 15 (1), 2021
Publication year: 2021
Objetivo:
conhecer a frequência e os tipos de traumas perineais em partos vaginais, bem como
verificar a associação da paridade, posição do parto e peso do recém-nascido com a situação perineal,
após o nascimento. Método:
Estudo observacional, retrospectivo, de corte transversal, realizado em
Centro de Parto Normal, no município de São Paulo, Brasil. A população foi constituída pelos registros
de partos vaginais, no período de janeiro de 2017 a janeiro de 2018. Resultado:
dos 2.367 partos
registrados, em 1.629 (68,7%) houve traumatismo perineal, sendo as lacerações de primeiro grau as
mais prevalentes (43,9%). Nas primíparas e nos partos em posição litotômica e semi-sentada,
constataram-se maiores percentuais de episiotomia (<0,0001). Quando o peso do recém-nascido era
menor do que 2500 gramas, foi maior o percentual de períneo íntegro e, nos maiores de 4000 gramas,
foi maior o percentual de lacerações de segundo grau (<0,0001). Conclusão:
houve influência das
variáveis estudadas na situação do períneo após o nascimento. O trauma perineal continua a ser uma
preocupação, devido à prevalência e às consequências futuras às mulheres. Conhecer os fatores que
podem influenciar sua ocorrência é essencial para melhoria da assistência obstétrica.(AU)
Objectives:
to determine the frequency and types of perineal trauma in vaginal deliveries, and to
verify the association between parity, birth position, and newborn weight and perineal outcomes
after birth. Methods:
an observational, retrospective, and cross-sectional study was carried out at the Normal Childbirth Center of the city of São Paulo, Brazil. The population consisted of vaginal
birth records from January 2017 to January 2018. Results:
from 2,367 births recorded, in 1,629
(68.7%) there was perineal trauma, with first-degree lacerations being the most prevalent (43.9%).
Higher percentages of episiotomy were found in primiparous women and in deliveries in the
lithotomic and semi-seated positions (<0.0001). When the newborn's weight was less than 2500 grams,
the percentage of intact perineum was higher and, in those over 4000 grams, the percentage of
second-degree lacerations was higher (<0.0001). Conclusion:
there was an influence of the studied
variables on perineal outcomes after birth. Perineal trauma remains a concern due to the prevalence
and future consequences for women. Knowing the factors that can influence its occurrence is
essential for improving obstetric care.(AU)
Objetivos:
determinar la frecuencia y los tipos de trauma perineal en partos vaginales y verificar la
asociación entre paridad, posición del parto y peso del recién nacido y resultados perineales después
del nacimiento. Métodos:
se realizó un estudio observacional, retrospectivo y transversal en el
Centro de Parto Normal de la ciudad de São Paulo, Brasil. La población estuvo constituida por
registros de partos vaginales de enero de 2017 a enero de 2018. Resultados:
de 2.367 nacimientos
registrados, en 1.629 (68,7%) hubo traumatismo perineal, siendo las laceraciones de primer grado las
más prevalentes (43,9%). Se encontraron mayores porcentajes de episiotomía en primíparas y en
partos en posición litotómica y semisentada (<0,0001). Cuando el peso del recién nacido era menor
de 2500 gramos, el porcentaje de perineo intacto era mayor y, en los mayores de 4000 gramos, el
porcentaje de laceraciones de segundo grado era mayor (<0,0001). Conclusión:
hubo influencia de
las variables estudiadas en los resultados perineales después del nacimiento. El trauma perineal sigue
siendo una preocupación debido a la prevalencia y las consecuencias futuras para las mujeres.
Conocer los factores que pueden influir en su ocurrencia es fundamental para mejorar la atención
obstétrica.(AU)