Determinação de morte encefálica, captação e doação de órgãos e tecidos em um hospital de ensino
Determination of brain death, capture and donation of organs and tissues in a teaching hospital
Determinación de muerte cerebral, captura y donación de órganos y tejidos en un hospital de enseñanza

CuidArte, Enferm; 15 (1), 2021
Publication year: 2021

Introdução:

A doação de órgãos ou tecidos em transplantes envolve questões pessoais e jurídicas do paciente e familiares.

Objetivos:

Identificar perfil, causas de morte encefálica, motivos para a não doação de órgãos de pacientes em um hospital de ensino do noroeste paulista e correlacionar as variáveis no período anterior e posterior à Resolução n° 2173 de novembro de 2017.

Método:

Estudo descritivo, quantitativo, retrospectivo. Os dados foram coletados em julho de 2020. A população foi constituída por pacientes que evoluíram para morte encefálica, período de 2016 a 2020, totalizando 97 pacientes.

Critérios de inclusão:

pacientes com constatação de morte encefálica; e de exclusão, pacientes que evoluíram com morte, sem constatar morte encefálica, ou dados incompletos nos prontuários.

Instrumento de coleta de dados:

consulta em prontuário eletrônico. Utilizaram-se testes estatísticos de R-Pearson e Fisher.

Resultados:

De 97 pacientes, 58 (59,8%) foram doadores de órgãos e 39 (40,2%) não doadores, tendo como principal motivo a recusa familiar, em 20 (51,2%). A maioria do sexo masculino, 64 (62,8%), maiores de 60 anos, 38 (42,5%). Diagnóstico de Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico em 28 (32,2%). Religião prevalente foi a católica, em 59 (60,8%) e escolaridade nível fundamental incompleto, em 45 (46,4%). Em 2016, constataram-se 6 mortes, sendo 4 (66,7%) doadores; em 2017 foram 23 mortes, sendo 12 (52,1%) doadores.

Conclusão:

É preciso mais investimentos em educação permanente no processo de trabalho dos profissionais de saúde junto ao paciente e sua família, de modo a interferir no processo de doação e transplante.(AU)

Introduction:

The donation of organs or tissues in transplants involves personal and legal issues of the patient and family.

Objectives:

To identify profile, causes of brain death, reasons for not donating organs to patients in a hospital in the northwest of São Paulo and to correlate the variables in the period before and after Resolution n° November 2173, 2017.

Methods:

Descriptive, quantitative, retrospective study. Data were collected in July 2020. The population consisted of patients who evolved to brain death, from 2016 to 2020, totaling 97 patients.

Inclusion criteria:

patients with brain death; and exclusion, patients who progressed to death, without brain death, or incomplete data in medical records.

Data collection instrument:

consultation in electronic medical records. R-Pearson and Fisher statistical tests were used.

Results:

Of 97 patients, 58 (59.8%) were organ donors and 39 (40.2%) were non-donors, the main reason being family refusal, in 20 (51.2%). The majority of males, 64 (62.8%), older than 60 years, 38 (42.5%). Diagnosis of Hemorrhagic Stroke in 28 (32.2%). The prevalent religion was Catholic, in 59 (60.8%) and incomplete elementary school, in 45 (46.4%). In 2016, there were 6 deaths, of which 4 (66.7%) were donors; in 2017 there were 23 deaths, of which 12 (52.1%) were donors. When compared with previous years, in this case with those of 2016 and 2017, previously the change in decree 2173/17.

Conclusion:

It is necessary more investments in permanent education in the work process of health professionals with the patient and his family, in order to interfere in the donation and transplantation process.(AU)

Introducción:

La donación de órganos o tejidos en trasplantes involucra cuestiones personales y legales del paciente y su familia.

Objetivos:

Identificar el perfil, causas de muerte encefálica, motivos de no donación de órganos de pacientes de un hospital universitario del noroeste de São Paulo y correlacionar las variables en el período anterior y posterior a la Resolución N ° 2173 de noviembre de 2017.

Método:

Estudio descriptivo, cuantitativo, retrospectivo. Los datos se recopilaron en julio de 2020. La población estuvo compuesta por pacientes que evolucionaron a muerte cerebral, de 2016 a 2020, con un total de 97 pacientes.

Criterios de inclusión:

pacientes con confirmación de muerte encefálica; y exclusión, pacientes que evolucionaron con muerte, sin observar muerte encefálica, o datos incompletos en la historia clínica.

Instrumento de recogida de datos:

consulta en historia clínica electrónica. Se utilizaron pruebas estadísticas de R-Pearson y Fisher.

Resultados:

De 97 pacientes, 58 (59,8%) fueron donantes de órganos y 39 (40,2%) no donantes, siendo 20 (51,2%) el principal motivo de rechazo familiar. La mayoría eran hombres, 64 (62,8%), mayores de 60 años, 38 (42,5%). Diagnóstico de ictus hemorrágico en 28...(AU)