Vivência de puérperas no processo de indução do trabalho de parto

Rev. Enferm. Atual In Derme; 92 (30), 2020
Publication year: 2020

Objetivo:

Analisar a compreensão de puérperas sobre o processo de indução do trabalho de parto vivenciado por elas.

Métodos:

pesquisa descritiva-exploratória, realizada com 13 puérperas que passaram pela indução do parto em uma maternidade de referência localizada em Petrolina/Pernambuco, através de entrevista semiestruturada, realizada entre os meses de outubro a novembro de 2018. Os dados foram analisados através da técnica de Análise de Conteúdo Temática.

Resultados:

a experiência da indução foi percebida por algumas mulheres como uma prática benéfica, que auxilia no trabalho de parto, provocando o seu desencadeamento em situações necessárias e em que a mulher não apresenta contrações espontâneas. Contudo, para outra parcela das participantes, a indução de parto era uma técnica totalmente desconhecida e configurou-se como uma experiência extremamente dolorosa e sofrida, compensada, no entanto, pela sensação de ter o filho nos braços.

Conclusão:

observa-se a necessidade e importância de ofertar orientações adequadas sobre o processo de indução para as gestantes, não só durante o internamento no momento do parto, mas principalmente, durante o período pré-natal, para que assim, elas se sintam mais preparadas, exerçam sua autonomia e fiquem satisfeitas com os seus partos, base para uma verdadeira prática humanizada.

Objective:

To analyze the understanding of puerperal women about the process of inducing labor experienced by them.

Methods:

descriptive-exploratory research, conducted with 13 mothers who were induced by a reference maternity located in Petrolina / Pernambuco, through a semi-structured interview, carried out between the months of October and November 2018. The data were analyzed using the Thematic Content Analysis.

Results:

an induction experience was perceived by some women as a beneficial practice, which helps in labor, causing or provoking the triggering of situations caused and in which a woman does not present spontaneous contractions. However, for another part of the participants, a labor induction was a totally unknown technique and configured as an extremely painful and suffered experience, compensated, however, by the pain of having the child in their arms.

Conclusion:

note the need and importance of the guidance offered on the induction process for pregnant women, not only during hospitalization at the time of delivery, but mainly, during the prenatal period, so that they feel more prepared, exercise their autonomy and be satisfied with their births, based on a true humanized practice.