Rev. enferm. UFPE on line; 15 (2), 2021
Publication year: 2021
Objetivo:
Descrever a compreensão, a experiência e as proposições da equipe multidisciplinar
em saúde em relação à violência obstétrica. Método:
Estudo qualitativo, descritivo,
desenvolvido em maternidade pública do interior paulista. Entrevistaram-se 43 participantes
profissionais de diversas categorias. Coleta de dados realizada por meio de entrevista
semiestruturada. Dados analisados e fundamentados na Análise de Conteúdo de Bardin,
modalidade temática. Resultados:
Emergiram a partir das falas transcritas as categorias: 1 –
Desconhecimento da violência obstétrica; 2 - Relato sobre violência obstétrica; 3 - Práticas de
violência obstétrica; 4 - Necessidade de capacitações sobre violência obstétrica; 5 - Necessidade
da inserção de enfermeiras obstetras; 6 – Necessidade de reestruturação física e inserção de
quarto para Pré-parto, Parto e Pós-parto (PPP). Conclusão:
Alguns participantes demonstraram
desconhecimento sobre o tema. Ressalta-se a importância do conhecimento da equipe de saúde
sobre a violência obstétrica, para que possam identificar, intervir e prestar assistência
humanizada. A violência obstétrica é favorecida por falta de reestruturação do ambiente e de
materiais, escassez de recursos humanos e sobrecarga de trabalho dos profissionais envolvidos.
Considera-se oportuna a promoção de capacitações que aproximem os profissionais de saúde de
condutas baseadas em evidências científicas.(AU)
Objective:
To describe a multidisciplinary health team's understanding, experience, and
propositions regarding obstetric violence. Method:
A qualitative, descriptive study was carried
out in a public maternity hospital in the countryside of São Paulo. Forty-three professionals from
different categories were interviewed. Data collection was performed through semi-structured interviews. The data analysis was based on Bardin's Content Analysis framework. Results:
From
the transcribed speeches, the following categories emerged: 1 – Unfamiliarity with obstetric
violence; 2 - Obstetric violence reports; 3 - Obstetric violence practices; 4 -Need for training on
obstetric violence; 5 - Need for insertion of obstetric nurses; 6 – Need for physical restructuring
and insertion of prepartum, delivery, and postpartum (PDP) rooms. Conclusion:
Some
participants demonstrated ignorance about the topic. The importance of the health team's
knowledge about obstetric violence is highlighted to identify, intervene, and provide humanized
care. Obstetric violence is favored by the lack of restructuring of the environment and materials,
shortage of human resources, and work overload of professionals. It is considered opportune to
promote training to help health professionals adopt evidence-based conducts.(AU)
Objetivo:
Describir el entendimiento, la experiencia y las propuestas de un equipo de salud
multidisciplinario sobre la violencia obstétrica. Método:
Se realizó un estudio descriptivo
cualitativo en una maternidad pública del interior de São Paulo. Se entrevistó a 43 profesionales
de diferentes categorías. La recolección de datos se realizó mediante entrevistas
semiestructuradas. El análisis de datos se basó en el marco de análisis de contenido de Bardin.
Resultados:
De los discursos transcritos surgieron las siguientes categorías: 1 - Desconocimiento
de la violencia obstétrica; 2 - Informes de violencia obstétrica; 3 - Prácticas de violencia
obstétrica; 4 -Necesidad de formación sobre violencia obstétrica; 5 - Necesidad de inserción de
enfermeras obstétricas; 6 - Necesidad de reestructuración física e inserción de salas de preparto,
parto y posparto (PPP). Conclusión:
Algunos participantes demostraron desconocimiento sobre el
tema. Se destaca la importancia del conocimiento del equipo de salud sobre la violencia
obstétrica, para que pueda identificar, intervenir y brindar atención humanizada. La violencia
obstétrica se ve favorecida por la falta de reestructuración del entorno y materiales, escasez de
recursos humanos y sobrecarga de trabajo de los profesionales. Se considera oportuno promover
la formación para ayudar a los profesionales de salud a adoptar conductas basadas en evidencia.(AU)