Hist. enferm., Rev. eletronica; 11 (2), 2020
Publication year: 2020
Introdução:
Para a consolidação da terapia intravenosa no Brasil, houve a necessidade de médicos e enfermeiros desenvolverem técnicas específicas, porém divergentes de atribuições, o que criou uma relação dialética de trabalho. Objetivo:
Descrever as primeiras atribuições dos enfermeiros em terapia intravenosa no Brasil. Método:
Pesquisa qualitativa, documental e histórica por meio de livros publicados no Brasil, escritos por médicos e enfermeiros, com recorte temporal compreendido entre os anos de 1916 a 1943. As atribuições profissionais foram analisadas sob a ótica do materialismo
histórico e dialético. Resultados:
Descreveram-se conceitos, atribuições profissionais, materiais, técnicas e cuidados de enfermagem, convergentes e divergentes entre si. Houve riqueza de detalhamento nos conhecimentos técnicos esperados dos enfermeiros:
preparo, punção, organização de materiais e instrumentos, vigilância e administração de medicamentos. Conclusão:
A construção da terapia de enfermagem intravenosa no Brasil, considerada como prática social do cuidado, consistiu em atender tecnicamente às prescrições médicas com segurança e rigor. As atribuições foram conflituosas, pois
os próprios enfermeiros restringiram a sua prática, seja por respeito ou receio do médico.