Prontuário eletrônico em terapia intensiva: validação de instrumento sobre percepção e satisfação da enfermagem

rev. cuid. (Bucaramanga. 2010); 12 (2), 2021
Publication year: 2021

Introdução:

A assistência à saúde requer o registro das atividades desenvolvidas, realizado por meio do prontuário eletrônico do paciente, ferramenta que permeia muitas tarefas, sobretudo, em unidades de terapia intensiva. Problemas nesses sistemas eletrônicos ocasionam consequências com impacto para a assistência. O objetivo foi avaliar a percepção sobre o uso do prontuário eletrônico e a satisfação dos profissionais de enfermagem intensivistas, bem como validar um instrumento de pesquisa para esse fim.

Materiais e Métodos:

Estudo transversal, quantitativo, desenvolvido na cidade de São Paulo. O instrumento de coleta foi elaborado pelas autoras e validado com relação à aparência e conteúdo. As variáveis categóricas foram comparadas pelo Teste Exato de Fisher e Qui Quadrado; e as variáveis numéricas pelo Teste de Kruskal-Wallis.

Resultados:

Participaram do estudo 75 profissionais de enfermagem, a maioria era do sexo feminino, pertencentes a categoria de técnicos de enfermagem. A maioria classificou o prontuário eletrônico do paciente como fácil; referiu conhecimento suficiente sobre o prontuário eletrônico do paciente; relatou quantidade insuficiente de computadores no setor e avaliou melhora na segurança do paciente e da equipe de saúde com a utilização do prontuário eletrônico do paciente. As mulheres reportaram maior insatisfação no uso do prontuário eletrônico do paciente, bem como os técnicos de enfermagem. Os enfermeiros têm maior dificuldade na utilização desta ferramenta.

Conclusões:

O prontuário eletrônico do paciente é fácil de usar e as principais dificuldades estão relacionadas às funcionalidades, sobretudo para os enfermeiros.

Introduction:

When providing healthcare, it is necessary to record treatment activities in the patient’s electronic medical records, which serves as a tool that impacts several tasks, including those performed in intensive care units. Any failure of these electronic systems has a direct impact on the delivery of healthcare. This study is aimed to assess the perception of the use of electronic medical records and satisfaction levels among intensive care nurses, as well as to evaluate a questionnaire instrument for this purpose.

Materials and Methods:

A quantitative cross-sectional study was conducted in São Paulo. The instrument used for collection was prepared by the authors, which was also validated in terms of appearance and content. Categorical variables were compared using Fisher’s exact test and numerical variables were compared using the Kruskal-Wallis test.

Results:

75 nursing professionals, mostly women and classified as nurse technicians, participated in this study. The majority of the participants considered that electronic medical records were easy to use, indicated that they had sufficient knowledge about the management of electronic medical records, noted that the number of computer in the hospital was insufficient, and stated that both patient and healthcare team safety had improved after using the patient’s electronic medical records. Male nurses found it more difficult to use this tool.

Conclusions:

Electronic medical records were found to be easy to use, while the main difficulties are related to their functionality, especially by male nurses.

Introducción:

En la asistencia sanitaria es necesario registrar las actividades realizadas a través de la historia clínica electrónica del paciente, la cual se constituye como una herramienta que incide en diversas tareas, entre ellas, las realizadas en las unidades de cuidados intensivos. Cualquier problema que se presente en estos sistemas electrónicos tiene un impacto directo en la prestación de la asistencia sanitaria. El objetivo de este estudio fue evaluar la percepción sobre el uso de la historia clínica electrónica y la satisfacción entre los profesionales de enfermería del área de cuidados intensivos, así como evaluar un instrumento de cuestionario para este fin.

Materiales y métodos:

Se realizó un estudio transversal cuantitativo en la ciudad de São Paulo. El instrumento de recolección fue elaborado por los autores y validado en cuanto a apariencia y contenido. Las variables categóricas se compararon mediante la prueba exacta de Fisher y la prueba de chi-cuadrado, y las variables numéricas a través de la prueba de Krushal-Wallis.

Resultados:

En el estudio participaron 75 profesionales de enfermería, la mayoría mujeres, que pertenecían a la categoría de técnicos de enfermería. La mayoría de los participantes consideró que la historia clínica electrónica era fácil de usar, indicó tener conocimiento suficiente sobre el manejo de la historia clínica electrónica, señaló que el número de computadores en el hospital era insuficiente y afirmó que había mejorado la seguridad del paciente y del equipo asistencial con el uso de la historia clínica electrónica del paciente. A los enfermeros les resulta más difícil utilizar esta herramienta.

Conclusiones:

Se encontró que la historia clínica electrónica resulta fácil de usar, mientras que las principales dificultades están relacionadas con su funcionalidad, especialmente por parte de los enfermeros.