Risco para lesão por pressão em pacientes de unidade de terapia intensiva

rev. cuid. (Bucaramanga. 2010); 12 (2), 2021
Publication year: 2021

Introdução:

As limitações na percepção sensorial, a imobilidade, sedação, ventilação mecânica, hipoperfusão tecidual, edema e umidade são fatores que predispõem o aparecimento da lesão por pressão no paciente crítico.

Objetivos:

Caracterizar as lesões por pressão em pacientes críticos, verificar sua associação com as variáveis demográficas, da internação, condições clínicas e identificar fatores de risco para lesão por pressão. aracterizar as lesões por pressão em pacientes críticos, verificar sua associação com as variáveis demográficas, da internação, condições clínicas e identificar fatores de risco para lesão por pressão.

Método:

Estudo transversal que incluiu na amostra pacientes com idade >18 anos, ausência de lesão por pressão à admissão e internação >24 horas na Unidade de Terapia Intensiva. Associação da lesão por pressão com as variáveis foi verificada com testes de Mann-Whitney, Qui-quadrado, razão de verossimilhança ou teste exato de Fischer. Fatores de risco foram identificados pela Regressão Logística Multivariada.

Resultados:

Dos 324 pacientes, 46 (14,2%) desenvolveram lesão por pressão, sendo mais frequente nas regiões sacral e calcânea. Fatores de risco para lesão por pressão foram idade, tempo de internação e permanência na enfermaria antes da Unidade de Terapia Intensiva.

Discussão:

A incidência elevada, a localização corpórea e o estágio da lesão por pressão observados mostram a vulnerabilidade do paciente de Unidade de Terapia Intensiva a este tipo de lesão. Os riscos para lesão por pressão abrangem fatores relacionados ao paciente, à hospitalização e à gravidade da doença, sendo que a combinação entre eles deve ser valorizada na avaliação diária do paciente crítico.

Conclusão:

A lesão por pressão no paciente crítico é multifatorial e o reconhecimento dos fatores de risco pode contribuir para implementação precoce de ações para evitar essa lesão.

Introduction:

Limited sensory perception, immobility, sedation, mechanical ventilation, tissue hypoperfusion, edema and moisture are considered predisposing factors for the development of pressure ulcers in critically ill patients.

Objective:

To characterize pressure ulcers in critically ill patients, determine the association with demographic variables, stay in hospital and clinical conditions, and identify risk factors for the development of pressure ulcers.

Materials and Methods:

A cross-sectional study was conducted with a sample of patients aged 18 years and older who had no pressure ulcers on admission and had been hospitalized > 24 hours in the Intensive Care Unit. The association of pressure ulcers with each of the variables was assessed using the Mann-Whitney U test, chi-squared test, likelihood ratio, and Fisher's exact test. Risk factors were identified by multivariate logistic regression.

Results:

Among 324 patients, 46 patients (14.2%) developed pressure ulcers most frequently in sacral and calcaneal regions. Risk factors for pressure ulcers development were age, length of hospital stay and hospital stay before admission to the Intensive Care Unit.

Discussion:

Such high incidence, location and stage of the identified pressure ulcers expose the vulnerability of intensive care unit patients to this type of injury. Risk factors for pressure ulcers development include aspects related to the patient, hospitalization and disease severity, and their combination should be assessed as part of the daily assessment of the critically ill patient.

Conclusions:

The occurrence of pressure ulcers in critically ill patients is a multifactorial phenomenon, for which the recognition of risk factors can contribute to the early rapid adoption of measures for their prevention.

Introducción:

Las limitaciones de la percepción sensorial, la inmovilidad, la sedación, la ventilación mecánica, la hipoperfusión tisular, el edema y la humedad se consideran factores que predisponen la aparición de úlceras por presión en pacientes en estado crítico.

Objetivo:

Caracterizar las úlceras por presión en pacientes críticos, determinar la asociación con variables demográficas, la hospitalización y las condiciones clínicas, e identificar los factores de riesgo para la aparición de úlceras por presión.

Materiales y Métodos:

Se realizó un estudio transversal mediante una muestra de pacientes > 18 años que no presentaban úlceras por presión al ingreso y habían estado hospitalizados >24 horas en la Unidad de Cuidados Intensivos. La asociación de las úlceras por presión con las variables se verificó a través de la prueba U de Mann-Whitney, prueba de chi-cuadrado, razón de verosimilitud y el test exacto de Fisher. Los factores de riesgo se identificaron mediante regresión logística multivariada.

Resultados:

De 324 pacientes, 46 (14.2%) desarrollaron úlceras por presión con mayor frecuencia en las regiones sacra y calcánea. Los factores de riesgo para la aparición de úlceras por presión fueron la edad, la duración de la hospitalización y la estancia hospitalaria antes de ingresar a la Unidad de Cuidados Intensivos.

Discusión:

La alta incidencia, la localización y el estadio de las úlceras por lesión observadas revelan la vulnerabilidad del paciente de la unidad de cuidados intensivos a este tipo de lesiones. Entre los riesgos de las úlceras por presión se encuentran factores relacionados con el paciente, la hospitalización y la gravedad de la enfermedad, y su combinación debe valorarse en la evaluación diaria del paciente crítico.

Conclusión:

La aparición de úlceras por presión en pacientes críticos es un fenómeno multifactorial, para la que el reconocimiento de factores de riesgo puede contribuir a una rápida adopción de medidas para su prevención