Atitudes dos enfermeiros frente à morte: mudanças com a pandemia por COVID-19
Nurses’ attitudes to death: changes with the COVID-19 pandemic

Rev. eletrônica enferm; 23 (), 2021
Publication year: 2021

Objetivo:

analisar as atitudes dos enfermeiros frente à morte, no contexto hospitalar, antes e após o primeiro período crítico da pandemia por COVID-19.

Método:

estudo quantitativo, transversal, comparativo. Coleta de dados realizada num hospital de Portugal, usando a Escala de Avaliação do Perfil de Atitudes acerca da Morte. Em 2018, participaram 900 enfermeiros e, em 2020, 995. Realizou-se análise estatística descritiva e inferencial.

Resultados:

quanto ao perfil dos participantes dos dois grupos, identificaram-se diferenças significativas na idade (p=0,001) e categoria profissional (p=0,008). Nas atitudes frente à morte, o Evitamento obteve diferença significativa entre os enfermeiros antes e durante a pandemia (p=0,014), sendo superior neste último momento.

Conclusão:

o fato do Evitamento ser mais recorrente após a pandemia denota a importância do preparo das equipes para o enfrentamento da morte, de modo a garantir a qualidade dos cuidados na fase final da vida e minimizar o sofrimento psicológico dos enfermeiros.

Objective:

to analyze nurses’ attitudes to death in the hospital setting before and after the first critical period of the COVID-19 pandemic.

Method:

quantitative, cross-sectional, comparative study. Data collection was conducted in a hospital in Portugal, using the Death Attitude Profile Assessment Scale. In 2018, 900 nurses participated and, in 2020, 995. Descriptive and inferential statistical analysis was performed.

Results:

regarding the profile of participants in the two groups, significant differences in age (p=0.001) and professional category (p=0.008) were identified. In attitudes to death, Avoidance had a significant difference between nurses before and during the pandemic (p=0.014), and was higher in the latter moment.

Conclusion:

the fact that Avoidance is more recurrent after the pandemic shows the importance of preparing the teams to face death in order to ensure the quality of end-of-life care and minimize nurses’ psychological suffering.