Estudo ecológico das tendências de mortalidade em menores de 5 anos em Goiás, 2000–2018
Ecological study of under-5 mortality trends in Goiás, 2000–2018

Rev. eletrônica enferm; 23 (), 2021
Publication year: 2021

Identificar a taxa de mortalidade em crianças menores de 5 anos e descrever sua evolução no estado de Goiás quanto ao componente etário, variáveis sociodemográficas e evitabilidade.

Métodos:

Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais utilizando regressão linear generalizada pelo método de Prais-Winsten para a análise de tendência.

Resultados:

A correlação das taxas de mortalidade com a cobertura da Estratégia Saúde da Família foi verificada pelo coeficiente de correlação de Pearson. O estado de Goiás apresentou tendência decrescente na taxa de mortalidade em crianças menores de 5 anos, com variação percentual anual de -1,6% (IC95% -1,8%– -0,9%) e correlação negativa com a cobertura da Estratégia Saúde da Família (r=-0,193; p=0,023).

Conclusão:

As séries das taxas por evitabilidade e subgrupos de causas evitáveis foram decrescentes, com exceção dos óbitos reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação. Prevaleceram óbitos por causas evitáveis, sugerindo necessidade de melhorias na assistência materno-infantil.

Objective:

To identify the mortality rate in children under 5 years old and describe its evolution in the state of Goiás in regard to the component of age, sociodemographic variables, and preventability.

Methodology:

This is an ecological time series study using generalized linear regression via the Prais-Winsten method for trend analysis.

Results:

The correlation between mortality rates and the coverage of the Estratégia de Saúde da Família (Family Health Strategy) was verified by the Pearson correlation coefficient. The state of Goiás showed a decreasing trend in the mortality rate in children under 5 years old, with an annual percentage change of -1.6% (95%CI -1.8%– -0.9%) and a negative correlation with Family Health Strategy coverage (r=-0.193; p=0.023).

Conclusion:

The rates for preventability and subgroups of preventable causes were decreasing, except for deaths that can be prevented with adequate care for women during pregnancy. Deaths from preventable causes prevailed, suggesting the need for improvements in maternal and childcare.