Histórico familiar de câncer gástrico em pacientes dispépticos indicados à triagem endoscópica
Antecedentes familiares de cáncer gástrico en pacientes dispépticos derivados a triaje endoscópico
Family history of gastric cancer in dyspeptic patients referred for endoscopic screening
Acta Paul. Enferm. (Online); 34 (), 2021
Publication year: 2021
Resumo Objetivo Identificar o histórico familiar de primeiro grau de câncer gástrico em pacientes com sintomas dispépticos atendidos em um serviço público de endoscopia. Métodos Estudo transversal, realizado com pacientes dispépticos que tinham indicação para realizar o exame de endoscopia digestiva alta. A associação entre o histórico familiar de câncer gástrico e os resultados do exame endoscópico foi verificada por meio dos testes de Qui-quadrado ou Fisher, e medida seu efeito por meio da razão de chance e intervalo de confiança em analises uni e multivariadas. Utilizou-se regressão logística na análise dos dados. Resultados Observou-se que dos 751 pacientes dispépticos investigados, 44 (5,9%) possuíam histórico familiar de câncer gástrico, destes a maioria era do sexo feminino (70,5%), com idade maior ou igual a 45 anos (56,8%). Os pacientes com histórico familiar de câncer gástrico tinham maiores chances de não apresentarem diagnostico endoscópico de úlcera péptica (p=0,05; RC=2,33; IC=0,99-5,48). Além de maiores chances de alterações na mucosa gástrica (p=0,05; RC=1,06; IC=1,04-1,08) e infecção pela Helicobacter pylori (p=0,04; RC=1,79; IC=0,94-3,39) mesmo após ajustes nas análises. Conclusão A alteração endoscópica da mucosa gástrica e a infecção pela Helicobacter pylori em pacientes com sintomas dispépticos, mostraram associação independente com o histórico familiar de câncer gástrico. Diante disso, faz-se necessário a elaboração de protocolos de assistência à saúde para melhor investigação e vigilância dos familiares de câncer gástrico, bem como ações de educação em saúde para orientar os pacientes a respeito do rastreio e prevenção do câncer gástrico.
Resumen Objetivo Identificar los antecedentes familiares de primer grado de cáncer gástrico en pacientes con síntomas dispépticos atendidos en un servicio público de endoscopía. Métodos Estudio transversal llevado a cabo con pacientes dispépticos que habían sido derivados a realizar un estudio de endoscopía digestiva alta. La relación entre los antecedentes familiares de cáncer gástrico y los resultados del estudio endoscópico fue verificada mediante la prueba χ2 de Pearson o de Fisher, y su efecto fue medido a través de la razón de momios y del intervalo de confianza en análisis uni y multivariados. Se utilizó la regresión logística en el análisis de los datos. Resultados Se observó que de los 751 pacientes dispépticos investigados, 44 (5,9 %) tenían antecedentes familiares de cáncer gástrico, de los cuales la mayoría era de sexo femenino (70,5 %), de 45 años o más (56,8 %). Los pacientes con antecedentes familiares de cáncer gástrico tenían mayores chances de no presentar diagnóstico endoscópico de úlcera péptica (p=0,05; RC=2,33; IC=0,99-5,48). Además de mayores probabilidades de alteraciones en la mucosa gástrica (p=0,05; RC=1,06; IC=1,04-1,08) e infección por Helicobacter pylori (p=0,04; RC=1,79; IC=0,94-3,39), inclusive después de ajustes en los análisis. Conclusión La alteración endoscópica de la mucosa gástrica y la infección por Helicobacter pylori en pacientes con síntomas dispépticos mostraron relación independiente con los antecedentes familiares de cáncer gástrico. Ante este escenario, es necesaria la elaboración de protocolos de atención a la salud para una mejor investigación y observación de los familiares de cáncer gástrico, así como también acciones de educación en salud para orientar a los pacientes sobre la detección y prevención del cáncer gástrico.
Abstract Objective To identify first-degree relative history of gastric cancer in patients with dyspeptic symptoms receiving care at a public endoscopy service. Methods A cross-sectional study, performed with dyspeptic patients referred for an upper gastrointestinal endoscopy. The association between the family history of gastric cancer and the findings of the endoscopic examination was verified using the Chi-square or Fisher tests, and its effect was shown using odds ratio and confidence interval in univariate and multivariate analyses. Logistic regression was used to analyze the data. Results Among the 751 dyspeptic patients enrolled, 44 (5.9%) had a family history of gastric cancer, mostly females (70.5%) aged 45 years or older (56.8%). Patients with a family history of gastric cancer were more likely to have no endoscopic diagnosis of peptic ulcer (p=0.05; OR=2.33; CI=0.99-5.48). In addition, higher chances of gastric mucosal changes (p=0.05; RC=1.06; CI=1.04-1.08) and Helicobacter pylori infection (p=0.04; RC=1.79; CI=0.94-3.39) were found, even after adjusting the analyses. Conclusion The endoscopic gastric mucosal changes and Helicobacter pylori infection in patients with dyspeptic symptoms showed an independent association with family history of gastric cancer. Therefore, it is necessary to develop health care protocols for better investigation and surveillance of gastric cancer relatives, as well as health education actions to guide patients regarding screening and prevention of gastric cancer.