Prazer-sofrimento de enfermeiros no cuidado à pessoa com transtorno mental e à família
Placer-sufrimiento de enfermeros en la atención de personas con trastornos mentales y familiares
Pleasure-suffering of nurses in caring for people with mental disorders and their families

REME rev. min. enferm; 25 (), 2021
Publication year: 2021

RESUMO Objetivos:

mensurar e comparar os indicadores de prazer-sofrimento em enfermeiros brasileiros e portugueses de cuidados primários à pessoa/família no contexto do transtorno mental.

Método:

estudo quantitativo, descritivo-correlacional, multicêntrico, com 500 enfermeiros de Portugal e Brasil. Coleta realizada via Google forms de abril a agosto de 2018, com questionário sociodemográfico e escala de indicadores de prazer-sofrimento no trabalho.

Resultados:

nos dois países, o domínio gratificação-realização profissional foi avaliado como satisfatório; insegurança/falta de reconhecimento e desgaste/esgotamento como graves. Os enfermeiros portugueses avaliaram a liberdade de expressão como satisfatória, os brasileiros como crítica. Em ambos os países houve correlação da liberdade de expressão com tempo de atuação no serviço, carga horária de trabalho e gênero; insegurança com tempo de formação, atuação no serviço e carga horária de trabalho; desgaste-esgotamento com tempo de atuação no atual serviço e tempo de formação.

Conclusão:

os enfermeiros de ambos os países apresentaram níveis críticos de sofrimento no trabalho. Avaliam com gratificação e com possibilidade de realização profissional a condução de cuidado à pessoa e famílias no contexto do transtorno mental, mas sua liberdade de expressão está comprometida.

RESUMEN Objetivos:

medir y comparar los indicadores placer-sufrimiento en enfermeros de atención primaria brasileños y portugueses para la persona / familia en el contexto de trastorno mental.

Método:

estudio cuantitativo, descriptivo-correlacional, multicéntrico con 500 enfermeros de Portugal y Brasil. Recogida realizada a través de Google forms de abril a agosto de 2018, con cuestionario sociodemográfico y escala de indicadores placer-sufrimiento en el trabajo.

Resultados:

en ambos países, el dominio gratificación-realización profesional fue evaluado como satisfactorio; inseguridad / falta de reconocimiento y desgaste / agotamiento como graves. Los enfermeros portugueses evaluaron la libertad de expresión como satisfactoria, los enfermeros brasileños como crítica. En ambos países existía una correlación entre la libertad de expresión y el tiempo de servicio, la jornada laboral y el género; inseguridad con el tiempo de formación, el desempeño laboral y la carga de trabajo; desgaste-agotamiento con tiempo de trabajo en el servicio actual y tiempo de formación.

Conclusión:

enfermeros de ambos países tenían niveles críticos de sufrimiento en el trabajo. Evalúan, con gratificación y con posibilidad de realización profesional, la atención brindada a la persona y sus familias en el contexto de la enfermedad mental, pero su libertad de expresión se ve comprometida.

ABSTRACT Objectives:

to measure and compare the pleasure-suffering indicators in Brazilian and Portuguese primary care nurses for the person/family in a mental disorder context.

Method:

this is a quantitative, descriptive-correlational, multicenter study with 500 nurses from Portugal and Brazil. Data collection was carried out via Google forms from April to August 2018, with a sociodemographic questionnaire and a scale of pleasure-suffering indicators at work.

Results:

In both countries, the reward-professional fulfillment domain was evaluated as satisfactory; insecurity/lack of recognition and wear/depletion as serious. Portuguese nurses assessed freedom of expression as satisfactory, Brazilian nurses as critical. In both countries there was a correlation between freedom of expression and length of service, working hours and gender; insecurity with training time, work performance, and workload; wear-depletion with working time in the current service and training time.

Conclusion:

nurses from both countries had critical levels of suffering at work. They assess, with reward and with the possibility of professional fulfillment, the care provided to the person and families in a mental disorder context, but their freedom of expression is compromised.