Conviver com o vírus da imunodeficiência humana - os desafios do diagnóstico
Living with the human immunodeficiency virus - the challenges of the diagnosis

Rev. enferm. UFPI; 9 (), 2020
Publication year: 2020

Objetivo:

descrever os sentimentos e enfrentamentos do antes e depois da descoberta do diagnóstico positivo para o vírus da imunodeficiência humana.

Metodologia:

estudo qualitativo, descritivo. Realizado em um ambulatório especializado em pessoas que vivem com HIV, localizado na cidade do Rio de Janeiro. Os participantes do estudo foram os usuários deste ambulatório, com idade superior a 18 anos. A coleta de dados foi realizada a partir de entrevistas semiestruturadas. Técnica de análise de conteúdo lexical, com auxílio do software Iramuteq 0.7 alpha 2.

Resultados:

a felicidade e o prazer em viver a vida são relatados com frequência como uma situação que ficou para trás, no passado, antes do diagnóstico, e que agora a morte se apresenta de uma forma mais concreta, uma ameaça sempre à espreita.

Conclusões:

para alguns participantes, a vida no passado era mais feliz, o presente é depressivo e o futuro, incerto; a morte é uma preocupação presente, posteriormente a aceitação vai acontecendo, a motivação para viver reaparece principalmente quando as pessoas vivendo com o vírus da imunodeficiência humana se sentem apoiadas e acolhidas.

Objective:

to describe the feelings and confrontations of the before and after of the discovery of positive diagnosis of human immunodeficiency virus.

Methodology:

qualitative descriptive study. Held at an outpatient clinic specialized in people living with HIV, located in the city of Rio de Janeiro. Study participants were users of this clinic aged over 18 years. Data collection was performed using semi-structured interviews. Data collection was performed through semi-structured interviews. Lexical content analysis technique, with the aid of the Iramuteq 0.7 alpha 2 software.

Results:

happiness and pleasure in living life are often reported as a situation that was left behind in the past, before the diagnosis, and that now death presents itself in a more concrete way, a threat always lurking.

Conclusions:

for some participants, life in the past was happier and the present is depressing and the future, uncertain; death is a present concern, as time passes acceptance comes about; the motivation to live reappears mainly when people living with the human immunodeficiency virus feel supported and welcomed.